Com o final do prazo de filiação chegando – 2 de abril é a data limite -, volta a ganhar força a informação de que o governador Carlos Moisés (sem partido) possa disputar a reeleição pelo Podemos. Em novembro, Moisés tentou negociar o ingresso no andar de cima, com a cúpula nacional do partido, leia-se a deputada federal e presidente Renata Abreu e o senador Álvaro Dias, mas a reação estadual foi forte, refratária a filiação.
Hoje a situação é diferente, tanto que Moisés se reuniu nesta terça-feira com o prefeito de Balneário Camboriú, Fabrício Oliveira, pré-candidato do partido – por enquanto – ao Governo. O encontro não fez parte da agenda oficial e a conversa certamente não foi sobre questões administrativas e sim políticas.
Conversei nesta manhã com o prefeito Mário Hildebrandt, presidente do Conselho Político do Podemos, que disse não haver tratativa oficial, fora aquela tentada por Carlos Moisés no ano passado com as lideranças nacionais. Mas concorda que o momento é outro, sinalizando que depende do governador fazer gestos que minimizem as desconfianças que parte das lideranças catarinenses nutrem por ele.
Além do prefeito, conversei com outras pessoas, ligadas ao Podemos e ao próprio governador, que confirmam esta aproximação e percebem que pode acontecer. Seria o meio termo entre a intenção de Moisés de não se filiar em um partido tradicional, mas também não ir para uma sigla pequena, sem expressão. O Podemos é um partido médio, que incorporou lideranças importantes recentemente e poderia atrair para uma aliança o MDB ou o PP e outras siglas, como PSDB, por exemplo. E terá um candidato a presidente com visibilidade, o ex-juiz Sérgio Moro.
Lembrando que o candidato a vice na chapa de Moisés tem tudo para virar governador em três anos, pois ele não pode ir para reeleição e deve deixar o cargo no último ano para buscar uma vaga ao Senado, claro, num cenário ideal.
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