Bruno Cunha e o Governo

Foto: Rogério Pires/CMB

Nota da redação: Este texto foi postado no Informe Blumenau no meio da tarde de sexta-feira, mas não compartilhado nas redes sociais. A noite, novas informações, como a exonerações de pessoas indicadas pelo vereador Bruno Cunha (Cidadania) em cargos comissionados na Prefeitura fizeram que as incluíssemos no texto, com algumas adaptações no material original.

Dos seis vereadores que votaram contra o projeto de parcelamento e reparcelamento dos débitos da Prefeitura com o Issblu, nesta quinta-feira na Câmara de Blumenau, apenas Bruno Cunha (Cidadania) é considerado da base governista. Professor Gilson (União), Adriano Pereira e Jean Volpato (PT), Bruno Win e Diego Nasato (Novo) têm adotado posturas críticas à administração municipal.

Bruno, assim como os vereadores do Novo, votou a favor do requerimento para inclusão do projeto do Executivo na pauta em regime urgente-urgentíssimo, mas, assim como os outros, votou contra a proposta da administração municipal. Assim como os outros, ele tentou uma solução que seria um meio-termo, com o desmembramento da proposta original, permitindo apenas a votação do projeto com os débitos da atual gestão e deixando para votar o parcelamento maior depois da audiência pública marcada para dia 16. Mas as emendas apresentadas neste sentido foram rejeitadas.

O voto contrário de Bruno não prejudicou a aprovação – eram necessários oito votos e a votação ficou oito a seis – , mas pode prejudicar a relação dele com o Executivo. Ele é responsável pela indicação do secretário da Família e de muitos dirigentes da pasta, além de outras indicações.

Vereador mais votado de Blumenau, Bruno está no seu terceiro mandato e busca uma postura mais equilibrada, de centro, o que lhe gera alguns dissabores vindos dos lados antagônicos, direita e esquerda.

É peça chave hoje no quebra-cabeça das relações da Câmara com o Executivo.

Mas, mesmo assim, teve todas suas indicações exoneradas da Prefeitura, a grande maioria na Secretaria da Família. Apenas o secretário Telmo Duarte, também ligado a Bruno, não foi exonerado, o que deve acontecer no começo da semana.

A esticada de corda por parte da Prefeitura tem tudo para jogar Bruno na oposição, aumentando a bancada da Câmara que tem sido crítica à administração municipal.

2 Comentário

  1. Para começar, vereador não deveria sequer indicar cargos comissionados , vereador é eleito para fiscalizar o executivo e não unir-se ao executivo . Devem apoiar o que for para o vem do município e contrários o que não for viável . Mas indicação de cargos deixa muitas suspeitas . Vereador tem que ser atuação , nem oposição e muito menos situação. Mas um ponto positivo ao Bruno Cunha, mesmo tendo indicado comissionados, agiu de forma correta, votou não para este absurdo que é parcelamento em cima de parcelamento do ISBLU. Agora faça a fiscalização deste executivo , sem ter que se preocupar com os cargos comissionados .

  2. Desculpe, Senhor Rubens. o que ele fez, foi jogar para torcida, que não entendeu o significado.. primeiro, para aprovar o regime de urgência/urgentíssimo, são necessários dez votos, e ele votou favorável.
    para aprovar o projeto em si, que SÓ PRECISA DE MAIORIA SIMPLES, ele votou contra…ou seja: ele queria a aprovação sim, a menos que não conheça, COMO MUITOS ELEITORES, o regimento. ele acendeu uma vela ao diabo, e depois quis enganar trouxas, (acendeu uma vela a Deus) votando contra o projeto, pois sabia que só eram necessários os 8..

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