Blumenau lidera ranking estadual de empresas internacionalizadas

Foto: reprodução

Dados do Sebrae/SC apontam que atualmente 310 empresas catarinenses atuam no mercado externo. Blumenau lidera o ranking das cidades que mais têm empresas internacionalizadas no estado: são 70 empreendimentos que enviam produtos/serviços para fora do país. Apesar do Brasil ainda ter poucas práticas de comércio internacional – considerando o potencial econômico e a classificação como 12ª maior economia do mundo, segundo a agência de classificação de risco Austin Rating – atuar no exterior é uma realidade palpável a muitos empreendimentos, não só para os grandes negócios. “Se analisarmos do ponto de vista da competitividade, a internacionalização é para todos sim: para o microempresário e também para o empresário da pequena e média empresa. Porque o empreendedor pode nunca exportar um produto ou serviço, nem comprar nada de fora. Mas pode entender qual é o padrão das empresas do seu setor num ecossistema globalizado e trazer essas referências para o negócio. Quando ele faz isso e adapta o empreendimento a essas diretrizes, ele ganha competitividade para atuar tanto no mercado interno quanto no externo”, explica Filipe Gallotti, gerente de internacionalização do Sebrae/SC.

Ele alerta que o conceito de internacionalização vai além da exportação: é um processo pelo qual a empresa precisa passar para poder ter competividade nacional e internacional, de acordo com o perfil que ela tem, analisando o modelo de atuação, o nicho de mercado.  “Internacionalização leva um tempo, não acontece do dia para a noite. O processo precisa ser muito bem construído para que não haja tropeços no meio do caminho. É preciso organizar a empresa para transformá-la em potencial para atuar no mercado externo. Internacionalizar é aumentar a capacidade produtiva do negócio e prepará-lo com todos os quesitos para poder atuar lá fora”, esclarece o especialista.

O comércio exterior é fértil, mas exige atenção. O dólar favorável à exportação é um atrativo, mas não pode ser decisório. “O câmbio hoje incita a vontade da prática do comércio exterior, mas quando falamos em exportação temos que pensar qual é o mercado, se o produto está adequado, se atende todas as exigências do país a que se destina, se as certificações estão em dia. Não dá para iniciar uma tratativa com uma empresa de fora sem antes ter todas essas questões alinhadas. O processo de internacionalização já deve estar efetivado”, comenta Gallotti.

Assim, estudo de mercado e planejamento são indispensáveis. “Existe campo e oportunidade no exterior, mas é preciso estar adequado porque há muito risco no mercado internacional sem a preparação. O conhecimento agrega segurança nas ações e decisões, por isso não basta o terreno fértil para o negócio. É importante ter respaldo, até porque a prática da exportação, por exemplo, pode levar à importação com valores muito mais atrativos para o empresário. Mas isso exige saber como fazer e fazer da maneira correta”, afirma Sthefany de Souza, consultora da Father Estratégias Internacionais, que é parceira do Sebrae no Programa Go To Market, voltado para a internacionalização de empresas.

Go To Market

O programa, oferecido em parceria com a Fiesc, foi criado para atender a todos os setores e conta com conteúdo voltado para todos os níveis de empresários. Por meio do GTM os empreendedores têm a oportunidade de receber capacitação, consultorias e qualificação, a fim de aumentar a competitividade dos seus negócios. No primeiro ciclo, em 2020, cerca de 100 empresários participaram do Programa. Este ano, no segundo ciclo (100% digital), o número de participantes já foi superado. Com duração de um ano, os empresários que aderirem terão acesso a um teste de maturidade, três aplicações desse teste, planejamento estratégico para internacionalização e acesso a 30 encontros programados com especialistas da área de internacionalização. O GTM também tem trilhas setoriais para as áreas têxtil, cervejeira e de startups, além de subsidiar até 70% do valor do projeto a ser desenvolvido.

“O Go To Market tem o objetivo de levar os empresários para o mercado internacional de forma estruturada e com possibilidade real de desenvolvimento, garantindo novas oportunidades e fortalecendo a nossa economia”, afirma Gallotti. Mais informações sobre o programa e inscrições no http://sebrae.sc/gtm2021.

Fonte: Trevo Comunicação

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*