As narrativas que alimentam a bolha

Foto: divulgação

O debate sobre a provável candidatura do vereador pelo Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (PL), ao Senado por Santa Catarina, está na pauta recente da política estadual. Mesmo com críticas de entidades, associações e boa parte da imprensa, a pré-campanha do filho 02 de Jair Bolsonaro é uma realidade, com Carlos percorrendo várias cidades catarinenses, com boa adesão captada pelas pesquisas eleitorais antecipadas.

Mas o debate ganhou repercussão nacional quando entrou no radar — e nas redes sociais — dos bolsonaristas mais convictos, que fizeram uma lavagem de roupa suja através de uma “live” no Instagram. Sim, estamos falando da conversa virtual entre a deputada federal Júlia Zanatta e a deputada estadual Ana Campagnolo, com a participação do senador Jorge Seif, cujo conteúdo lembra aquelas anedotas de quinta série.

Vale lembrar que Campagnolo e Seif protagonizaram um bate-boca público na semana que passou, com troca de críticas em tom mais elevado. Tudo por conta da segunda vaga ao Senado da coligação que será liderada pelo governador Jorginho Mello, candidato à reeleição. Ele defende a abertura de espaços na majoritária para partidos aliados, um deles Esperidião Amin, do PP, pela União Progressista.

Nesta matemática, a também bolsonarista Caroline de Toni fica de fora. A deputada federal fincou pé na candidatura e sinaliza que pode trocar de partido para estar na disputa.

Apesar do berreiro de alguns, tudo, no entendimento do Informe, está dentro do plano de Jorginho Mello, político experiente e pragmático, que está sendo obrigado a aceitar uma candidatura imposta pelo ex-presidente Bolsonaro.

Inclusive as narrativas que projetam os principais nomes do PL catarinense só falam nos nomes do 22.  Depois da lavagem de roupa suja pelas redes sociais, Jorginho tenta baixar a fervura. Na sexta-feira, em Blumenau, disse que eleição é apenas para o ano que vem e que, a parte boa, é que ninguém questiona seu projeto de reeleição.

E, mesmo falando que a eleição é apenas no ano que vem, ainda na sexta-feira Jorginho liderou o encerramento do Rota 22, um comício pré-eleitoral, em que os discursos convergiram para a blindagem do projeto de reeleição do governador.

Com direito a foto conjunta com aqueles que trocaram farpas alguns dias antes, alimentando a bolha bolsonarista em Santa Catarina.

3 Comentário

  1. Não existe “bolha Bolsonarista ” o que existe são pessoas que não querem corruptos e ladrões governando o país .
    Se isto é ser bolsonarista , vamos lá, seremos . Mas o que não seremos é defensor de corrupto condenado em 3 Instãncias e liberto por esquema jurídico de um sistema montado para defender gente desta espécie .

  2. Se você acha que ser bolsonarista é ser contra corrupção e ladrão, você vive em uma bolha bolsonarista, porque o que não falta é bolsonarista corrupto e ladrão.

  3. Ler um texto e entender este texto, depende do ponto de vista de quem leu .”Se ser contra corruptos e ladrões é ser bolsonarista , então seremos “. É uma metáfora , jamais foi escrito ou falado que não existem pessoas corruptas no partido do PL . Existe no PL , no PSDB, no PSD, NO PSOL , no PCdoB e em todos os partidos . A colocação foi uma metáfora , vou ajudar :
    Metáfora é uma figura de linguagem em que se transfere o nome de uma coisa para outra com a qual é possível estabelecer uma relação de comparação. Para que a comparação possa ocorrer, devem existir elementos semânticos (relativos ao significado) semelhantes entre as palavras ou expressões em questão.

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