As chances dos candidatos de Blumenau para deputado

Assim como as pesquisas internas que são feitas, fazer aposta de eleição para deputado, estadual ou federal, é sempre chute.

E precisa ser entendida no contexto do quociente eleitoral, que coloca colegas de partido como os principais adversários, mas também, aliados caso tragam uma boa votação para o partido ou chapa.

A estimativa é que um partido ou coligação precise de 85 a 90 mil votos para eleger um deputado estado e 215 a 220 mil um federal. A cada vez que este número for atingido, elege um. Esta é a conta aproximada.

Para federal, Blumenau tem seis candidatos com alguma chance, no nosso entender. Mas também corremos o risco de não emplacar nenhum, a cidade que tem hoje dois ex-prefeitos deputados, Décio Lima (PT) e João Paulo Kleinübing (DEM).

Quantos o PT vai eleger? Dois? Três? Ana Paula Lima fará uma boa votação, mas tem como concorrentes, entre outros, Cláudio Vignatti, Pedro Uczai e Dirceu Dresch.

Ericsson Luef tem trabalhado todo estado, mas está no MDB, coligado na proporcional com o PR. Tem quatro candidatos do seu partido à reeleição, o deputado estadual Carlos Chiodini e Jorge Goetten (PR) como adversários. Suplantará eles?

Marcos da Rosa (DEM) aposta no voto do segmento evangélico, mas tem neste eleitorado a concorrência de Geovânia de Sá (PSDB), candidata à reeleição, além do colega vereador Jovino Cardoso (PROS). O presidente da Câmara está na mesma aliança de Ângela Albino (PCdoB), Hélio Costa (PRB), Manoel Dias (PDT), Murilo Flores (PSB) e o também blumenauense Jorge Cenci (PSB). Quantos deputados esta aliança fará e que posição Marcos da Rosa e Jorge Cenci ocuparão?

Jovino Cardoso é o puxador de votos de sua chapa proporcional (PROS,Podemos, PRP, PPL, PHS), mas será que a aliança fará mais de 200 mil votos?

E tem ainda Marco Antonio Wanrowsky (PSDB), no guarda chuva da aliança que tem três nomes bem encaminhados, Geovânia de Sá, Marco Tebaldi (ambos tucanos) e Carmen Zanotto (PPS). Esta aliança fará quatro deputados federais?

Para a Assembleia Legislativa, como são quarenta vagas, o quociente eleitoral reduz bastante, entre 85 e 90 mil votos, mas a concorrência é muito grande.

Entendo que os atuais deputados, Ismael dos Santos e Jean Kuhlmann (ambos do PSD) serão reeleitos. Hoje Blumenau tem três representantes – a deputada Ana Paula Lima também – , e quantos fará agora?

Apostaria na eleição do Ricardo Alba (PSL), que é uma das figuras mais identificadas com as propostas de Bolsonaro. O partido certamente fará mais de 90 mil votos para deputado estadual e o vereador por Blumenau tem grandes chances de ser o mais votado da sigla.

Ivan Naatz (PV) é o nome mais proeminente na sua aliança,que tem também tem o DEM.O  empresário de Blumenau, Andrey Tomazi (DEM), faz sua primeira incursão na política e está confiante, apresentando-se como   novo e apostando nos votos do segmento evangélico.

O PSDB está na chapa com o MDB, na dobradinha que tem tudo para fazer o maior número de eleitos. Fala-se entre 10 e 16 representantes, numa perspectiva onde crescem as chances de Jens Mantau (PSDB). Tem ainda o Sylvio Zimmermann (PSDB) e o Daniel Hostin (MDB), com possibilidades menores.

Bruno Cunha (PSB), Fabiano Dadam (PSB) e Zeca Bombeiro (SD) estão na mesma aliança, que conta com dois deputados candidatos a reeleição. Com sorte, um de Blumenau se elege.

O vice-presidente da Câmara, Almir Vieira (PP) está na aliança PSD, PP, PSC , que deve fazer mais de 10 cadeiras, Mas os concorrentes internos não são fortes, o que reduz as chances.

Entendo que a candidatura do também vereador Adriano Pereira (PT) tem poucas chances. Só dentro do partido e na região, concorre com o prefeito de Gaspar, Celso Zuchi e Paulo Eccel, ex-prefeito de Brusque.

Devo ter esquecido alguém. Os demais candidatos aqui de Blumenau que não citei terão chances pequenas.

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