A pauta municipalista de Carlos Moisés será a mesma dos prefeitos em outubro?

Foto: PMB

Numa eleição estadualizada como a que teremos neste ano, o prefeito é um cabo eleitoral importante, para o bem e para o mal. Ter o apoio, a simpatia ou mesmo a antipatia pode ser decisivo na hora do eleitor registrar seu voto.

Por isso, a estratégia de marketing e a gestão administrativa implantada através do Plano 1000 é uma engenharia política interessante. O ousado plano de investimentos do Governo do Estado prevê R$ 1 mil por habitante para cada Município nos próximos cinco anos, dinheiro para ser aplicado em obras e ações nas cidades, definidas pelas Prefeituras.

É ou não é o que os prefeitos querem? Recursos para tocarem seus projetos.

Então, no último ano do seu mandato, depois de sobreviver a dois impeachments, Carlos Moisés toma musculatura e tem fome e sede de permanecer no Palácio da Agronômica para mais quatro anos.

Sem estar filiado a partido, flerta com os prefeitos de cidades pequenas e médias e começa a distensionar a relação com os prefeitos das cidades maiores. Foi assim em mais um ato político pomposo nesta terça-feira. Os convênios foram assinados com Blumenau, Içara, Jaraguá do Sul, Joaçaba, Palhoça, Mafra, Rio do Sul, São José, Videira e Xanxerê, com a presença dos respectivos prefeitos, secretários, assessores e deputados, entre outras lideranças.

Todos enaltecendo a ação do Governo do Estado.

“São recursos que vão nos permitir dar continuidade às obras que projetam o desenvolvimento do nosso municípios para os próximos anos e décadas. São ações que têm como prioridade os nossos munícipes. Jaraguá do Sul agradece imensamente ao Governo de Santa Catarina”, enfatiza o prefeito Antídio Lunelli, pré-candidato pelo MDB.

“Essa decisão nos dá a condição de municipalizar as ações de acordo com a demanda que bate à nossa porta. Vamos juntos para que Santa Catarina possa se desenvolver ainda mais”, afirmou o prefeito Mário Hildebrandt (Podemos), que sempre teve uma postura crítica ao Governo Moisés.

“É muito acima do que já foi feito pelas cidades catarinenses. É histórico”, pontua. O município será contemplado com R$ 72 milhões do Plano 1000.”, disse o prefeito de Rio do Sul, José Eduardo Thomé (PSD).

Não ouvi reação negativa ao plano do Governo, de ninguém. Um ou outro até tentou, mas não me convenceu. Na única observação um pouco negativa que ouvi entra a segunda parte da estratégia política e de marketing, no meu entender.

O Plano 1000 tem prazo de cinco anos, com a liberação anual e proporcional, a partir da apresentação de projetos. Blumenau, por exemplo, tem cerca de R$ 76 milhões garantidos para 2022 em investimentos estaduais e o compromisso deste valor até 2026. Mas para isso Carlos Moisés precisa ser reeleito, como já manifestaram muitos prefeitos.

Se o governador eleito for outro, será que manterá o programa?

Mais uma aposta que me parece muito inteligente do time que já pensa a campanha de reeleição de Carlos Moisés.

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