A difícil tarefa de Ivan Naatz e a confiança na reeleição

Foto: Redes Sociais Pessoais

Ivan Naatz é o único dos três deputados eleitos com domicílio eleitoral em Blumenau que vai tentar à reeleição. Apesar da visibilidade do seu mandato, graças, principalmente a CPI dos Respiradores, do qual foi proponente e relator, ele tem uma tarefa ingrata. Receber mais votos na nominata do PL, vitaminada pela entrada de três deputados estaduais, daqueles que podemos chamar de “bolsonarista raiz”.

Naatz, que diga-se de passagem fez um bom mandato, muito além da CPI, elegeu-se em 2018 pelo PV. Entrou na última vaga entre 40 deputados, com 14.685 votos. Se elegeu graças a coligação que seu partido fez, entre outras siglas, com o DEM, que tinha o ex-prefeito de Blumenau João Paulo Kleinübing como candidato a vice governador na chapa liderada por Gelson Merísio, então no PSD.

Este ano não tem coligação e nem precisaria, afinal o PL tem uma nominata competitiva, com a segunda maior bancada na Assembleia Legislativa, sete deputados candidatos à reeleição. E estes são os principais adversários de Naatz.

Em 2018, ainda como PR, o partido elegeu três, Maurício Eskudlark, Marcus Machado e Nilson Berlanda. Logo depois da eleição, Naatz conseguiu na Justiça a liberação do PV e entrou na sigla, sendo o atual líder de bancada na Assembleia Legislativa.

E agora, com o fim da janela partidária, com a filiação do presidente Bolsonaro, recebeu mais três: Ana Campagnolo, Jessé Lopes e Sargento Lima.

Esta é a matemática que Naatz fez, ele que é, de todos parlamentares, o maior aliado do senador Jorginho Mello, candidato ao Governo. Precisa torcer para o PL eleger o mesmo número que tem agora ou que tenha mais votos dos que seus colegas.

Dos sete, Ivan Naatz foi o que fez a pior votação em 2018, mas nenhuma diferença absurda.

Conversei com ele. Disse saber o tamanho do desafio, entende que faz parte do processo e precisa trabalhar. Lembrou a geografia dos votos, apontou que cada um deles representa regiões diferentes do estado e que o Vale do Itajaí e Blumenau representam o terceiro maior colégio eleitoral, o que pode garantir sua eleição.

Aposta na força de Bolsonaro e na identificação com o PL e Jorginho Mello.

 

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