Como todos sabem, o senador Esperidião Amin (PP) tenta emplacar seu projeto de reeleição, mas tem tudo para enfrentar dois pesos pesados do bolsonarismo raiz, Carlos Bolsonaro (PL) e a deputada federal Caroline de Toni (PL). De Toni talvez tenha que deixar o PL para viabilizar sua candidatura, visto que o governador Jorginho Mello, presidente estadual do PL, fechou a porta para ela para garantir espaço para Amin ao lado de Carlos e aumentar o leque de aliados na sua chapa majoritária. Mas, onde estiver, Caroline de Toni tem tudo para garantir uma das vagas.
Porém, Amin pode virar o jogo na percepção do bolsonarismo mais radical. Ele foi indicado para ser o relator, na CCJ do Senado, do projeto que reduz as penas aos condenados pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, em especial, o ex-presidente Jair Bolsonaro, preso numa cela da Polícia Federal.
Amin, que foi colega de parlamento de Jair Bolsonaro, sempre defendeu a anistia aos envolvidos e, em recente entrevista, não descartou a possibilidade de incluir um dispositivo no texto.
“Todos sabem dos meus pronunciamentos a favor da anistia”, afirmou.
Mas o experiente senador diz que qualquer mudança precisa ser construída com consenso entre líderes e bancadas do Senado, prometendo conferir com os colegas esta possibilidade na semana que vem.
É claro que, se Amin consegue incluir, e o Senado aprovar, uma proposta que contemple a anistia, se consagra junto aos bolsonaristas.






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