Depois de um período de turbulência, a administração Egidio Ferrari (PL) parece que está recompondo – ou seria compondo? – sua base na Câmara de Blumenau. A sessão da última terça-feira deu indicativos neste sentido.
Primeiro indicativo foi a manutenção do veto a mais um projeto voltado ao público LGBTQIA+, que previa a criação de um plano municipal de políticas públicas voltadas para este segmento. O veto contou com votos favoráveis de Marcelo Lanzarin (PP), Alexandre Matias (PSDB) e a abstenção de Cristiane Loureiro (Podemos), que votaram pela aprovação do projeto quando ele foi votado no plenário.
Outro indicativo vem por meio das posturas de Matias e Almir Vieira (PP) durante suas manifestações na tribuna no que diz respeito à polêmica da Policlínica Regional em Blumenau. Almir disse que “não existe má vontade por parte do prefeito e dos vereadores, mas que questões financeiras e burocráticas precisam ser analisadas.” Defendeu que um hospital regional seria mais estratégico para Blumenau e cidades vizinhas.
Matias disse que “Blumenau já investe cerca de 30% de sua arrecadação em saúde e, ainda segundo ele, os três hospitais demandam mais de R$ 2,260 milhões por mês em recursos municipais e, com a construção da Policlínica, o orçamento municipal ficaria ainda mais comprometido.”
A solicitação para trazer uma Policlínica Regional para Blumenau foi feita pelo então secretário de saúde na gestão passada, Marcelo Lanzarin e um dos terrenos oferecidos para a implementação da unidade foi apresentado pelo então prefeito Mário Hildebrandt (PL), com a Câmara aprovando isso em dezembro passado, leia aqui. Este terreno acabou não sendo aceito pela Secretaria de Estado da Saúde.
Todos os vereadores acima estavam alinhados com a ideia da Policlínica, mas agora adotam outra posição. É um sinal evidente de aproximação com a atual administração.
De onde virá o recurso para manutenção e custeio da policlinica, caso viesse para Blumenau ?
Os vereadores do PT só falam da construção , não falam sobre manutenção e custeio .