Deputados criticam prefeitos da Grande Florianópolis por descumprirem lei estadual e suspenderem aulas presenciais

Foto: Bruno Collaço/Alesc

A partir da noite desta terça-feira até a próxima terça-feira, 23, estão suspensas as aulas presenciais em 22 cidades da Grande Florianópolis, em todas as redes e níveis de ensino. A decisão conjunta dos prefeitos é para tentar frear a circulação do Coronavírus na região.

Como a Assembleia Legislativa aprovou, no final do ano passado, que educação é considerado um serviço essencial, a medida foi alvo de muitas críticas na sessão de hoje entre os parlamentares.

“Ontem as 22 cidades da Grande Florianópolis premiaram nossa região com o fechamento das escolas. Depois de atingirmos o ápice com as escolas fechadas, novamente tomamos uma decisão anticientífica. O Brasil não leva sua educação a sério, as escolas deveriam ser as últimas a fechar e as primeiras a abrirem”, declarou Bruno Souza (Novo), que questionou o descumprimento da Lei Estadual nº 18.032/2020.

Marlene Fengler (PSD), Jessé Lopes (PSL) e João Amin (PP) concordaram com o colega.

“Quero me somar a essa manifestação, tomar qualquer decisão é muito difícil, mas nós aprovamos uma lei que tornou a educação uma atividade essencial e essa lei não foi respeitada. Se vamos ter medidas restritivas, fecha tudo primeiro, depois as escolas”, ponderou Marlene.

“As incoerências na administração da pandemia já não me assustam mais. Como fica a questão da aprovação das escolas como essencial? Passam por cima do que foi aprovado na Casa do Povo”, criticou Jessé.

“Uma medida muito incoerente essa dos 22 municípios da Grande Florianópolis, que de uma hora para outra fecham escolas mesmo sendo um serviço essencial”, pontuou João Amin.

Padre Pedro Baldissera (PT) discordou e defendeu o fechamento das escolas.

“As escolas não operam isoladamente, operam em comunidade, se o vírus estiver circulando na comunidade, poderá sim circular nas escolas. Mais de 50% dos profissionais da educação estão em grupo de risco”, ponderou Padre Pedro, que citou o caso de escola privada de Florianópolis que suspendeu as aulas por causa de um surto de coronavírus.

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