Assim decide-se a política catarinense

É surreal o que acontece nestes últimos dias na política catarinense.  Os políticos, tão enfáticos em público e solícitos a imprensa, se escondem entre quatro paredes para decidir o desenho eleitoral para a eleição que acontece daqui a dois meses.

E o discurso veemente, definitivo, fica em segundo plano. Agora vale a conversa a pé de ouvido, entre poucos, digamos, quase os mesmos que ditam a política em Santa Catarina desde sempre, na história recente.

O pragmatismo e a ocupação de espaços predominam no momento.

E aí, nesta reta final – o prazo para as convenções termina neste domingo – não sabemos quem vai com quem e muitos menos o projeto para o estado.

As candidaturas de Gelson Merisio (PSD), Esperidião Amin (PP) e Paulo Bauer (PSDB), até então definitivas, podem não resistir ao final de semana. Aliás, uma e provavelmente duas e até as três, correm o risco de terem durado uma semana.