O querer “causar” na Internet

Imagem: Getty Images

A rede social é um espaço de voyeurismo. Alguns gostam de se mostrar, outros de olhar e muitos de se mostrar e olhar. E abriu muitos espaços para os “produtores de conteúdo”, seja lá a qualidade do conteúdo. São os “influenciadores”, chamados assim quando repercutem nas redes com suas mensagens, opiniões, brincadeiras, vendas e afins.

O Informe Blumenau torce o nariz, mas reconhece que estes são os tempos atuais, os “tempos líquidos”, como chamou um dos principais pensadores do século passado, Zygmunt Baumann. Entende o mundo de oportunidades que a tecnologia entrega para a civilização, reconhece muita gente fazendo coisa muito legal e tenta fazer um modesto contraponto neste emaranhado que o jornalismo tornou-se.

Esta introdução é para escrever sobre o “pseudo” jornalista que fez uma postagem infeliz e preconceituosa contra a Oktoberfest e Blumenau, associando a festa a uma cultura nazista e criticando o uso da Lei Rouanet. Coloquei a palavra pseudo antes do jornalista, pois eu não o conhecia — não que precisasse! —, mas, ao acompanhar seu Instagram, deu para entender que se tratava de um militante de esquerda, que pode até ter formação em jornalismo, mas que não lhe dá o diploma do discernimento e de caráter.

Busca dialogar com os seus, nesta lógica das bolhas, com insinuações, desconhecimento e muita maldade. É como associar os desenhos da Galinha Pintadinha ao comunismo, pérola que uma deputada federal catarinense disseminou na semana passada.

Ela de direita, o tal jornalista de esquerda. E não tem problema ser de direita, nem de esquerda. O problema é disseminar mentiras, meias-verdades e teses absurdas para confundir incautos.

E o pior é que é prática recorrente nestes espaços e “tempos líquidos”.

O Informe não vai dar palanque para o tal jornalista, contaminado por um jornalismo militante, panfletário e principalmente pouco inteligente. Blumenau e a festa podem ter seus problemas, mas tem, sim, muito mais coisa para se orgulhar.

Assim como a Lei Rouanet sempre teve papel importante para a cultura nacional, muitas vezes distorcido pela narrativa de direita. O tal jornalista repete a prática, com outra camisa.

O prefeito Egidio Ferrari (PL), que também usa bastante as redes, ocupou seu papel no imaginário digital e encaminhou o vídeo infeliz do jornalista para a polícia civil por conta de preconceito e fake news, pedindo a abertura de inquérito.

 

1 Comentário

  1. É o jornalismo do amor , deve ter aprendido com a Globo e com todos aqueles que vivem chamando as pessoas democráticas de fascistas, nazistas,golpistas e todos os “istas” que conseguem decorar .Só não sabem o significado, mas vivem atacando
    as pessoas da mesma forma que o pseudo jornalista .

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