Antes da sessão desta quinta-feira, o Informe Blumenau escreveu que o Governo teria maioria para aprovar qualquer mudança nos parcelamentos dos débitos do Issblu, no caso oito votos. Mas acreditava que a proposta não iria entrar em regime urgente urgentíssimo pela necessidade de se ter dez votos. Mas, erramos.
Um requerimento para que o projeto que propõe o reparcelamento das obrigações patronais previdenciárias da Prefeitura, na ordem de R$ 216.938.308,57 em 300 vezes (25 anos), sendo R$ 49.829.662,24 inadimplentes dos últimos quatro meses e R$ 166.938.308,57 já parcelados, foi apresentado para tramitar em regime de urgente urgentíssimo foi apresentado pelo líder do Governo, Flávio Linhares (PL) e aprovado por 11 votos.
A surpresa nesta votação foi a posição dos dois vereadores do Novo, que por mais de uma vez sinalizaram ser contra votar projetos complexos a toque de caixa e também contrários as constantes pedaladas. Mas garantiram os votos para que eles chegassem ao Plenário.
O vice-presidente da Câmara, Diego Nasato, teve duas possibilidades de votar contra a pressa. Uma, quando a Mesa Diretora analisou o requerimento do líder do Governo. O presidente Aílton de Souza, o Ito (PL), votou contra a sequência, mas seus pares a favor, entre eles, Nasato. Caso sua posição fosse contrária, haveria empate e a proposta morreria neste momento.
E o segundo momento foi na votação em plenário. Diego Nasato e seu colega de bancada Bruno Win votaram para que o requerimento fosse colocado em votação e garantiram a maioria. Quatro vereadores votaram contra: Ito, Professor Gilson (União), Jean Volpato (PT) e Adriano Pereira (PT).
Diego, junto com Professor Gilson, assim como Bruno Cunha, tentaram desmembrar a proposta do Executivo através de emendas, garantindo a votação do parcelamento dos débitos, no valor de quase R% 50 milhões, para que o Município não ficasse sem as certidões negativas que impediram repasses federais – o prazo vence dia 12, domingo -, deixando o projeto do reparcelamento dos débitos de mais de R$ 216 milhões fosse feito em outro momento.
“É uma primeira hipótese menos ruim”, defendeu. Mas, no plenário, todas as emendas foram derrubadas.
Na hora de votar o mérito do projeto, os vereadores do Novo foram contrários, mas já era insuficiente. O Governo já tinha os oito votos necessários para que o projeto fosse aprovado: Cristiane Loureiro (Podemos), Silmara Miguel (PSD), Egídio Beckhauser (Republicanos), Alexandre Matias (PSD), Almir Vieira (PP), Marcelo Lanzarin (PP), Flávio Linhares e Jovino Cardoso (PL).
Na justificativa do vot0, Nasato e Bruno Win foram eloquentes contra a iniciativa do Executivo.
“Durante a minha campanha, afirmei que votaria contra qualquer tentativa de parcelamento do ISSBLU, e mantenho essa posição. Hoje, votei contra esse novo parcelamento. Não podemos continuar empurrando essa responsabilidade para as próximas gerações”, disse Bruno Win, lembrando uma promessa do então candidato Egidio Ferrari sobre o Issblu.
Nasato se disse envergonhado, fez duras críticas ao ex-prefeito Mário Hildebrandt (PL). “Espero que seja a última vez que o prefeito Egidio tenha feito isso pela ultima vez”, bradou. Chega vereadores, vamos ter coragem de dizer não a isso. Prefeito Egidio, hoje eu votei pela inclusão do projeto na ordem do dia, mas eu nunca mais votarei, não conte com meu apoio”.
O vereador Adriano Pereira (PT), em seu discurso, criticou os colegas do Novo, em especial Diego Nasato. ” Poderia ter votado não, mas votou a favor de incluir na pauta, não precisa ter votado hoje”.
PS: Depois desta matéria publicada, o vereador Diego Nasato entrou em contato para dizer que nunca foi contra o regime urgente urgentíssimo e que só votou a favor da inclusão na ordem do dia na expectativa que a emenda que desmembrasse a proposta em dois parcelamentos fosse aprovada, chancelando apenas o parcelamento da dívida da atual gestão, por conta do risco de perder as certidões e inviabilizar os serviços públicos. Fica o registro.
Confira o debate sobre as emendas e o mérito do projeto.






Novamente mais uma vergonha para a Câmara de vereadores, principalmente para aqueles que aprovaram o parcelamento .
O que cargos comissionados não faz na política. Isto deveria ser extirpado, vereador não deveria indicar cargos no executivo , pois é o mesmo que a matilha de lobos , indicar a raposa para cuidar do galinheiro .