A comunidade escolar da Escola de Educação Básica Pedro II, uma das mais tradicionais de Blumenau, com 136 anos de existência, publicou uma nota de repúdio ao requerimento de número 1834/2025, de autoria do vereador Jovino Cardoso Neto (PL), que solicita ao Governo do Estado que transforme a unidade em colégio militar.
Na sessão da última quinta-feira, durante sua fala na tribuna, o vereador relatou uma visita sua ao Colégio Militar Feliciano Nunes Pires, elogiando o modelo de ensino diferenciado e propondo ao Governo do Estado a utilização integral da estrutura do Colégio Pedro II para a instalação do colégio militar. Confira a manifestação de Jovino aqui.
A nota da escola vem assinada pela direção, pelo Conselho Deliberativo e pela Associação de Pais e Professores. “Lamentamos profundamente que tal proposta foi construída, pois a ideia não representa os interesses da comunidade escolar”, diz um trecho. Criticam a fala de Jovino, que disse haver espaços ociosos no local, afirmando que o parlamentar não fez “qualquer vistoria, visita técnica ou mesmo levantamento” para fazer tal afirmação. “Dessa forma, não possui embasamento para tais informações sobre eventuais espaços ociosos.”
A nota diz ainda que lideranças da escola fizeram uma visita ao colégio Militar, sendo recebido pela direção, que, segundo eles, também se mostrou surpresa com a iniciativa de Jovino e que garantiram não terem feito pleito neste sentido.
A nota ainda fala em “atitude oportunista de político”, “iniciativa espúria”, “repudiando” a iniciativa, exigindo a retirada das redes sociais de Jovino de vídeos que “apresentam informações inverídicas” e cobra uma retratação pública do vereador.









Mas ” O SESI É NOSSO ” .
Ótima ideia, colégio militar é o caminho para a cidadania. Jovino, parabéns pelo menos uma dentro.
Um representante do povo, eleito pelo povo, deve sempre falar em nome do povo. Neste caso, dado o número de assinaturas e de entidades representativas dos vários segmentos da escola, está evidente que o experiente vereador Jovino não ouviu o povo e não falou pelo povo. Provavelmente, por estar mal assessorado ou enebriado com a falácia das escolas cívico-militares, que custam mais caro e não entregam resultados pedagógicos melhores. Alias não precisa ser nenhum doutor em Pedagogia para entender que um militar aposentado, com experiencia em perseguir bandido, não tem como substituir a professora dos nossos filhos, a não ser que se acredite que um elefante pode trabalhar numa loja de cristais.