Associação Catarinense de Imprensa repudia fala racista em rádio de Timbó

Foto: reprodução

A denúncia foi feita depois da fala de dois apresentadores e sócios da rádio 92 FM de Timbó, que repercutiu negativamente na comunidade. Em conversa com Tibério Valcanaia, Antônio Jurandir Girardi, sobre adoção, falou de uma pessoa que queria adotar uma criança, “um escurinho, um pretinho”. “Fomos contra, não pela cor, mas se você adota, depois tem que dividir o patrimônio”, afirmou Girardi, proprietário e profissional de um veículo de comunicação social, que é uma concessão do Governo Federal.

Não sabemos o contexto da fala, se bem que o contexto que viraliza já diz muito, se não tudo.

A Associação Catarinense de Imprensa lembrou que o racismo não é questão de opinião, é crime, tipificado pelo Código Penal.

Confira o vídeo e a manifestação da Associação Catarinense de Imprensa.

 

A Associação Catarinense de Imprensa (ACI) vem a público expressar total repúdio às declarações racistas e discriminatórias proferidas pelos senhores Fernando Antônio Girardi e Tibério Valcanaia durante programa de rádio amplamente divulgado nas redes sociais. Ao comentarem, em tom de menosprezo e zombaria, sobre adoção de crianças negras, os radialistas escancaram não só o racismo estrutural que ainda persiste em nossa sociedade, como também a ignorância sobre o verdadeiro significado da adoção e da dignidade humana.

Tais palavras não são apenas infelizes: são inaceitáveis, ofensivas e representam um ataque direto às famílias formadas por adoção e, especialmente, às crianças negras, que já enfrentam inúmeros desafios para encontrar acolhimento amoroso e igualitário.

A ACI reitera que profissionais da comunicação, em especial aqueles que utilizam veículos de grande alcance, possuem uma responsabilidade amplificada na formação de opinião pública. O que é veiculado por esses canais tem o poder de moldar percepções e influenciar comportamentos.

Racismo não é opinião. É crime, previsto na Lei 7.716/1989, e perpetuar esse tipo de discurso, ainda mais por meio de um veículo de comunicação com alcance popular, viola gravemente a ética profissional, os direitos das crianças e o compromisso social que se espera de comunicadores. Essas falas não apenas faltam com a verdade, mas traem a confiança do público e descredibilizam a importante função da imprensa.

Exigimos que os referidos radialistas se retratem publicamente, que os veículos responsáveis se posicionem de maneira firme contra essas falas, e que sejam adotadas as devidas medidas legais e institucionais cabíveis.

Seguimos lutando por uma sociedade que acolhe, respeita e valoriza todas as infâncias — independentemente da cor da pele, da origem ou da história.

2 Comentário

  1. Correta a ACI em repudiar , como também deveria repudiar os jornalistas de esquerda que chamam outras pessoas de Golpistas ( 08/01/2023) sem sequer terem sidos julgadas . Isto também é crime , acusar sem provas e tipificar as pessoas sem o devido julgamento legal .
    A balança da justiça não pode ter dois pesos .

  2. Se ele tivesse dito: “Minha esposa queria adotar uma criança negra, de preferência negra, mas eu e meus filhos ficamos om receio por causa da divisão do patrimônio”, ele não teria sido cancelado.

    Quem vai ficar de pé diante do tribunal do politicamente correto? Ninguém!

    Quantas famílias vão deixar de adotar uma criança negra por causa da fala do senhor Antônio? Zero!

    Quantos negros de fato se sentiram ofendidos pela fala do senhor Antônio? Só que aquela parcela que foi convencida por esse discurso hipócrita e irracional de que a sociedade brasileira tem uma dívida com eles.

    Esperando a nota de repúdio da ACI sobre estas falas: “afro descente assim que gosta de batuque e tambor”. (Lula).
    “Tenho profunda gratidão a tudo que foi produzido em 350 anos de escravidão.” (Lula).
    “Não sabia que existia tanta gente negra no Rio Grande do Sul.” (Lula).
    “É difícil encontrar mulheres e negros competentes para determinados cargos.” (Lula).

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