O prefeito em exercício, Mário Hildebrandt (PSB), tenta saber junto à Caixa Econômica Federal a possibilidade jurídica e técnica de abrigar em apartamentos vazios do Programa Minha Casa Minha Vida I as famílias da região sul da cidade atingidas pela chuva de duas semanas atrás.
A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social recebeu 28 encaminhamentos da Defesa Civil em toda cidade, mas como o decreto de situação de emergência é localizado para a região sul, eventualmente, apenas moradores de lá poderiam ser beneficiados. Seriam de seis a nove famílias, de acordo com a secretária Patrícia Morastoni.
A iniciativa é válida por alguns pontos. O principal é ajudar as famílias atingidas, oferecendo alternativa a eles, além de promover a reinserção dos apartamentos do Minha Casa Minha Vida que estão vazios.
Mas carece de mais aprofundamento.
“A gente não sabe se as pessoas vão aceitar”, afirma a secretária Patrícia, dizendo que a intenção é buscar alternativas. Ela diz que as famílias mapeadas são as que entraram com solicitação de aluguel social.
Além do mais, estes apartamentos estão vazios, em boa parte, pela criminalidade. Acuados pelo tráfico de drogas, muitos moradores foram embora do residencial Morada das Nascentes, na Rua Santa Maria. Outros apartamentos foram retomados pela inadimplência. Lá, segundo estimativas, 60 imóveis estariam desocupados.
Ou seja, a intenção pode ser boa, mas é inviável. Colocar famílias acostumadas a morar em casas, numa região mais pacata de Blumenau, em um condomínio com mais de 500 apartamentos, dominados pela bandidagem, não é uma boa ideia.
É preciso pensar um pouco melhor.
Em tempo: Não há desabrigados em Blumenau. Segundo dados oficias da Prefeitura, seis famílias estão morando em casas de familiares.
A foto abaixo foi tirada durante reunião do prefeito em exercício e a equipe da secretaria, para tratar do assunto.
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