A coerente postura do deputado Jorge Goetten: “Não quero que sejam geradas mais falsas narrativas e falsas esperanças que desmotivam a nossa gente.”

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Em 2018, o então candidato a deputado federal Jorge Goetten bateu na trave. Filiado no PL, fez uma boa votação, 61.839 votos, mas ficou de suplente, sucumbindo a onda 17 do PSL, partido na época do candidato e depois presidente Jair Bolsonaro (PL). Chegou a assumir um período como suplente, na vaga de Rogério Peninha Mendonça (MDB).

Em 2022, Goetten, que permaneceu no PL, concorreu novamente, mas desta vez o presidente que buscava a reeleição estava na legenda, que elegeu seis deputados federais em Santa Catarina na onda 22. Bolsonaro não se elegeu, mas Goetten fez impressionantes 159.339 votos, sendo o terceiro mais votado no estado.

Empresário do Alto Vale do Itajaí, comunga de muitas bandeiras do agora ex-presidente, mas está longe de fazer parte do bolsonarismo radical, o que inclusive tem gerado dissabores neste começo de mandato. Mas mostra postura e coerência, se afastando da extrema-direita que formou uma bancada importante.

Ele foi o último dos deputados catarinenses, a exceção dos dois do PT, que assinou a CPMI para investigar o que aconteceu no dia 8 de janeiro, uma comissão com claro intuito político e com interesse claro de acuar o Supremo Tribunal Federal. E esta demora o fez ser muito criticado por seus pares e eleitores.

Antes, Jorge Goeeten, já havia se manifestado contra os atos antidemocráticos e as manifestações que fecharam estradas e vias logo após a eleição, questionando o resultado das urnas. Também fez o contraponto que o exército brasileiro não era a solução que os manifestantes esperavam, pelo papel constitucional das Forças Armadas.

No último sábado, 25, gravou um vídeo esclarecedor sobre suas posições, e deixou um recado. ” Não quero que sejam geradas mais falsas narrativas e falsas esperanças que desmotivam a nossa gente.”

“Assinada a CPMI do 8 de Janeiro. Agora, deixo claro o motivo de ser contra a ação: não quero que sejam geradas mais falsas narrativas e falsas esperanças que desmotivam a nossa gente. E firmemente também digo: posicionamento não se vende.

Convido nosso time para a reflexão do caminho que estamos tomando, mas assino agora, depois que a CPMI já está pronta para ser criada, como um voto de confiança para que ela seja feita de forma responsável, sem gerar desmotivação à nossa gente. E para deixar claro que continuo ao lado das pessoas, do nosso time e da nossa bancada do PL. Posicionamento não se vende”.

1 Comentário

  1. Parabéns , pela seriedade em demonstrar a população Catarinense,o que realmente pode ser feito e ; NÃO MAIS CRIAR FALSAS EXPECTATIVAS.

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