Egídio Bechkauser é novo na política. Conhecido por sua trajetória no esporte, virou presidente da FMD e secretário de esportes por indicação política, mas fez um grande trabalho. E se credenciou para tentar uma vaga no Legislativo de Blumenau.
No arco de alianças da coligação em torno do projeto de reeleição de Mário Hildebrandt (Podemos), acabou indo parar no Republicanos, mas poderia ser o Solidariedade, o Podemos ou muitos outros. E foi tocar sua campanha, com uso da calculadora. Era preciso ser o mais votado entre os candidatos da sigla.
E conseguiu ser o quinto – entre 15 – mais votado para vereador em Blumenau entre todos. Suas contas estão aprovadas pela Justiça Eleitoral. Mérito seu e de sua equipe.
Mas ele garantiu sua eleição graças a votação do seu partido, Republicanos, pois a votação em toda a nominata é que garante atingir o quociente eleitoral previsto para a disputa.
E mesmo sem ter uma mulher entre os seis mais votados, a nominata feminina pode custar o mandato do atual presidente da Câmara. Ao contrário do juiz de 1ª instância, o TRE entendeu agora – atendendo ação do Partido Novo em Blumenau – que algumas candidatas apenas emprestaram o nome para atingir a cota de 30%. E anulou os votos dados para toda chapa a vereador do Republicanos, cassando assim o mandato do único eleito, o Egídio, e recalculando os votos de 2020 que dariam a vaga para Diego Nasato, do Novo.
Alguém errou, por má fé ou por incompetência, para atender uma legislação que precisa ser repensada em alguns pontos. Quase todas as siglas penam para acharem mulheres que queiram ser candidatas. Sim, a política é um ambiente masculino e precisamos avançar, mas não com imposições sem base na realidade.
No caso do Egídio, ele pode pagar um pato que não é seu e vai recorrer ao TSE para evitar isso.






A regra do jogo ele sabia, não adianta alegar desconhecimento, lei é lei…
Concordo com o leitor Ralf, sabia da regra, se o partido fez ilícitos, todos pagam .
O problema é dele sim, e já começou quando ele escolheu entrar para a política em partidos que tem essa forma de eleger seus candidatos.
Tanto estava ciente que montou a estratégia em cima dos coligações para conseguir mais votos.
Na política inocência é natimorta.
A regra para ser candidato com certeza. Tanto é que não tem nada contra ele, tudo foi aprovado. O desespero é tanto do Novo que é a quarta tentativa de ganhar a vaga no tapetão. A justiça vai prevalecer. E da próxima vez façam por merecer e entrem pela porta da frente.
O problema passou a ser dele quando ele participou e foi beneficiado por uma ilegalidade adotada pelo partido que ele escolheu…
É só respeitar a lei e sair .