Tchau, The Good Wife – Gaspacho para todos!

Coluna Gaspacho para todos por:
MARTA BROD
jornalista e professora universitária

Fiquei um tempo olhando para a tela do computador e pensando: “Como falar da melhor série já produzida nos últimos dez anos?” Sim, porque escrever sobre The Good Wife é uma grande responsabilidade. Afinal, foram sete temporadas cheias de reviravoltas e personagens incríveis. Tá, mas deixa eu começar pelo começo!

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The Good Wife é uma série dramática americana que estreou nos EUA em outubro de 2009. Foi criada pelo casal  Robert e Michelle King,  produzida pela CBS e tem como produtor executivo o diretor  Ridley Scott (Blade Runner, Alien, Thelma e Louise e tantos outros filmes sensacionais).

Bom, a trama inicia contando a história de Alicia Florrick (Juliana Marguiles) mãe de família, “boa esposa” e que vive para cuidar da casa, dos filhos e do marido Peter Florrick (Chris North). Esse, por sua vez, um político que é preso após ser acusado de um escândalo envolvendo corrupção e sexo. Já no primeiro episódio da série percebemos o quão frágil Alicia ficou nesse momento em que, aparentemente, o seu mundo desabada.

Pois bem, Alicia é formada em direito, mas abriu mão de sua profissão para se dedicar a família. Logo após esse escândalo, ela recorre a um antigo colega de faculdade Will Gardner (Josh Charles) que oferece uma vaga em seu escritório. É a partir daqui que a série realmente começa. Durante sete anos, Alicia sofre, erra, acerta, chora, sorri. Acompanhamos a evolução do personagem de uma forma primorosa. E, pra mim, é isso que faz uma série ser muito boa: quando os personagens também são capazes de mudar de acordo com as circunstâncias.

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Durante a história, Peter é solto. E você vai ficar com muita, muita raiva de Alicia pelas atitudes que ela decide tomar. Mas, aos poucos, você vai compreender que tudo o que ela faz é, na maioria das vezes, extremamente calculado. E aqui o mérito vai para os roteiristas que conseguem criar situações e diálogos incríveis para deixar a história super completa.

Uma das coisas mais interessantes em The Good Wife é que, por mais que seja uma série que trabalha com os elementos ficcionais sobre um escritório de advocacia, o foco não é só esse. Os roteiristas conseguem explorar a vida pessoal de cada personagem de uma forma tão pontual para que haja um equilíbrio em todas as histórias.

Porém, tudo o que começa também tem um fim e com The Good Wife não foi diferente. Nesse ano de 2016 os criadores perceberam que já era hora de finalizar e fizeram isso no tempo certo. Na segunda-feira (9) rolou o último episódio da série lá nos EUA. Muita gente elogiando e outras dizendo que ela merecia um final melhor. Eu ainda não tive coragem de assistir. Não quero ficar órfã da série que mudou tantos dos meus conceitos e que me fez enxergar a vida de uma nova perspectiva. Porque as séries têm dessas coisas, não é mesmo?

Enfim, The Good Wife é uma série contemporânea, cheia de assuntos importantes e pertinentes. É uma série para ser analisada, estuda e apreciada – sem moderação!

 

Em tempo: guardem esse nome: Eli Gold. O personagem mais hilário da série. Eli é um assessor político que tem muito a nos ensinar. Seria meu sonho se tivesse um spin off dele?

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