Por Clóvis Vasselai
diretor de Infraestrutura da Teclógica
A retomada da produção no Brasil é um tema que está sendo constantemente abordado, principalmente no cenário atual, em que os problemas estruturais e políticos começam a ser endereçados. Empresários e gestores sentem a necessidade de adotar medidas que aumentem a produtividade e otimizem custos, como os softwares de gestão industrial e outras ferramentas informatizadas que auxiliem no rendimento dessas empresas e, por consequência, ajudem a ganhar espaço no mercado.
Anteriormente, a linha de produção sempre esteve muito ocupada com a execução das ordens de produção e entrega para os clientes internos, que por sua vez entregavam aos consumidores finais. Contudo, com a evolução dos processos e a necessidade das empresas e indústrias tornarem-se mais produtivas, essa etapa passou a receber investimentos para a melhoria contínua de suas operações, tornando-se mais eficientes e competitivas
Inúmeras práticas de mercado foram surgindo ao longo dos anos e consolidando o gerenciamento de atividades de produção, entre elas o Manufacturing Execution Systems (MES), que geram informações relevantes e precisas, em tempo real, garantindo a integração entre todos os sistemas e permitindo que os gestores tenham mais segurança na tomada de decisão.
A importância do gerenciamento das atividades nas etapas de produção dispensa comentários. Desta forma, precisam ser trabalhados como sistemas de missão crítica com todos os requisitos do planejamento e atenção colocados em formatos normalmente conhecidos como Enterprise Resource Planning (ERP). Quando falamos da cadeia de suprimento – conjunto de métodos utilizados para proporcionar uma melhor integração e gestão de todos os parâmetros de rede, como transportes, estoques e custos – o principal valor agregado costuma estar na produção, de modo que faz todo sentido investir em processos que otimizem o fluxo, o controle e a qualidade do material.
A otimização das práticas industriais é a janela de investimento mais importante para a atualização dos sistemas de gerenciamento das atividades produtivas (MES), pois possibilita maior controle e a participação de importantes stakeholders da cadeia de suprimentos. Além disso, oferece benefícios como o apoio à manufatura enxuta, melhor qualidade do produto final, dos prazos de entrega, redução de estoques, de setups, de perdas de materiais, de custos de produção, entre outros.
Deste modo, com a retomada do crescimento, as empresas devem voltar suas atenções à qualidade, ao controle e ao fluxo de seus procedimentos, de forma que a utilização das informações relevantes e inteligência fornecida pelos sistemas MES são indispensáveis nesse momento. Os empresários e gestores devem avaliar quais tecnologias são mais indicadas para o perfil da organização em que atuam e implementá-las o quanto antes. Assim como, os que já possuem sistemas instalados devem analisar se os resultados estão sendo realmente satisfatórios e, se não, avaliar um possível ajuste de fornecedores. Esta é a hora das mudanças, pois quando o crescimento estiver consolidado, será a hora de colher os resultados – e não o momento de trocar a asa do avião, pois já teremos decolado.
Seja o primeiro a comentar