Secretário Gavazzoni pede exoneração do Governo Colombo depois da delação da JBS

Foto: divulgação

O pedido de exoneração do secretário da Fazenda Antonio Gavazzoni é mais uma complicação para o governador Raimundo Colombo (PSD), alvo agora da delação premiada dos executivos da JBS.  Gavazzoni é homem de confiança de Colombo e é citado como sendo o intermediário entre a empresa e o Governo.

Seu pedido de exoneração é um misto de estratégia e preservação do Governo Colombo.

Em entrevista hoje a tarde, cujo trecho extraio do Diário Catarinense, afirma: “Encontrei meus limites. Eu vou pro pau. Vou processar quem tem que processar”.

Minutos antes da entrevista, emitiu uma nota oficial onde diz não ter: “forças para seguir comandando os homens e mulheres de grande capacidade técnica que pertencem aos quadros da Fazenda”.

Esta nota que você confere agora, enviada pelo secretaria de Comunicação do Governo

 

Nota à imprensa

“Nesse tempo em que fui secretário de Estado e presidente de estatal me concentrei sempre em enfrentar problemas e crises. Nunca fui seduzido por assuntos que gerassem publicidade positiva, como inaugurações ou festas políticas.

Zelei cada dia pelo interesse público, trabalhei dando toda minha força, energia, conhecimento e capacidade para enfrentar grandes problemas públicos, desde a crise econômica e climática de 2008, depois à frente do grupo Celesc e, sobretudo, na Secretaria da Fazenda nestes últimos anos da pior crise econômica que o país e o Estado já viveram em toda sua história. Vencemos por não aumentar impostos nem atrasar salários.

Se isso tivesse ocorrido, a Segurança, a Saúde e a Educação teriam entrado em colapso, como aconteceu em vários estados. O progresso econômico e social estaria severamente comprometido.

Porém, apesar de todo meu entusiasmo pelas missões públicas, neste momento não tenho forças para seguir comandando os homens e mulheres de grande capacidade técnica que pertencem aos quadros da Fazenda.

Não vou descansar, mas me dedicar a mostrar a cada pessoa que confiou em mim ao longo desses 11 anos, que nada do que foi dito por criminosos confessos é verdadeiro. Todos os encontros narrados foram presenciados por terceiros que testemunharão para esclarecer a verdade. Os heróis brasileiros em que se transformaram os Procuradores da República e os Magistrados sabem e saberão julgar aqueles com quem lidam. Esses criminosos confessos, que buscam a qualquer preço montar versões que justifiquem a troca de penas alongadas por liberdade e vida milionária no exterior, não podem vencer.

Na nossa vida tudo tem um limite. A minha enérgica disposição para enfrentar problemas no Estado encontrou o seu: os dois fatos envolvendo questões eleitorais, injustas e improcedentes quando citam meu nome e, por isso, doloridas. Abro mão do foro privilegiado porque nada temo. Agradeço ao governador Raimundo Colombo pela confiança e amizade recíprocas, bem assim a todos os colegas de Governo.

Tenho Deus por testemunha de minhas palavras e, mesmo passando por tudo isso, só agradeço às amizades e simpatias que conquistei.”

Antonio Marcos Gavazzoni
22 de maio de 2017

1 Comentário

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*