Reitor da FURB João Natel deixa o PMDB de Blumenau

Durou pouco o namoro do reitor da Universidade Regional de Blumenau com o PMDB, partido que sempre enalteceu enquanto esteve filiado. Formalizou nesta quarta-feira, 5, o pedido de desfiliação. Foram cerca de dois anos.

Conversei com ele no começo da tarde desta quinta-feira e me disse que a conjuntura nacional foi determinante para sua decisão, com envolvimento do PMDB em denúncias de corrupção, em especial na Operação Lava Jato e a postura do Governo Temer. Diz ser contra o “desmonte das  conquistas  históricas em direitos trabalhistas e previdenciárias em nome de uma austeridade que atinge os menos favorecidos”.

Emitiu um comunicado com estes e outros argumentos para seus agora ex-colegas de partido.

João Natel disse não ter abandonado seu projeto político, que agora está mais ampliado, mas ainda de olho em 2018. Antes mirava na Assembleia Legislativa, mas agora diz estar aberto a outras possibilidades de candidatura.

Garantiu que ainda não sabe o seu destino partidário. Já esteve mais próximo do PSB, agora nem tanto.

O reitor da FURB poderia ser a “bola da vez” nesta eleição municipal, mas não teve habilidade para construir internamente no PMDB. Entrou no partido em abril de 2015 e já “quis sentar na janelinha”, uma gíria usada por alguns filiados para simbolizar as pretensões de João Natel.  Com a benção do presidente do PMDB SC, deputado federal Mauro Mariani, se lançou candidato a prefeito e assumiu a presidência da comissão provisória municipal, depois da intervenção praticada pela Executiva estadual.

Não conseguiu construir uma base partidária e parece não ter feito muita questão. No final de maio de 2016, faltando dois meses para o prazo final da definição das candidaturas, retirou seu nome da disputa, sob a alegação de que precisava manter seus compromissos na FURB.

Além de abrir mão  de ser candidato, não se envolveu no processo eleitoral dos vereadores, o que gerou muita reclamação interna.

Bom, a gente sabe o que aconteceu com PMDB de Blumenau nesta eleição. Pela primeira vez na história desde a redemocratização, o partido não esteve numa chapa majoritária e nem como coadjuvante serviu.

Além do mais, João Natel fez campanha velada para o PSD de Jean Kuhlmann, contra o PSDB de Napoleão Bernardes, sendo que o PMDB era um dos partidos do arco de aliança tucana.

Segue a mensagem que o reitor mandou pelas redes sociais para os filiados do PMDB:

“Aos amigos do PMDB.

Comunico minha desfiliação do PMDB em virtude do envolvimento de importantes dirigentes em atitudes que contrariam formalmente preceitos éticos, sem que não ocorra  nenhuma manifestação do comitê de ética do partido. Como ficar indiferente a isto?

Também assistimos o desmonte de conquistas históricas em direitos trabalhistas e previdenciárias em nome de uma austeridade que atinge os menos favorecidos.

Também vejo a ausência um projeto coerente com um partido de históricas bandeiras. Há sim, projetos de ocupação de espaços em governos, como fim.

Fiz amigos e segue a admiração pelos mesmos.

Penso que há formas de fazer política que passe por preceitos éticos em busca do interesse único de construir uma sociedade melhor e mais justa.

Grato pelo convívio. Despeço-me do grupo”.

3 Comentário

  1. Comentando esta desinteria verbal:

    “…desmonte das conquistas históricas em direitos trabalhistas e previdenciárias (sic) em nome de uma austeridade que atinge os menos favorecidos”.

    Então, foi o PMDB que fez tudo isso, Natel?

    Junto com o PT, na época?

    Outra caganeira:

    “Também vejo a ausência um (sic) projeto coerente com um partido de históricas bandeiras.”

    O PMDB defendeu “históricas bandeiras”?

    Que a sociedade PENSANTE saiba, o pequenino pmdb sempre defendeu históricos balcões de negócios, Natel!

    Nestes dias o Paulo França afirmou que o PMDB sempre esteve do lado do cidadão.

    Do lado do cidadão?!!!

    Do lado do Governo, do lado do Governo, do lado do governo… Sempre!

    Outra soltura:

    “Fiz amigos e segue a admiração pelos mesmos.”

    Amigos?… Na política? Oh, Natel! Oh, Natel! Oh, Natellllllllll!

    Na política não há amigos, mas conspiradores que se unem (Victor Lasky). Vai dizer que não sabias!

    Outro andaço:

    “Penso que há formas de fazer política que passe por preceitos éticos em busca do interesse único de construir uma sociedade melhor e mais justa.”

    Vai dizer que não conhecias o PMDB!

    Perdi a paciência!

    Tchau!

    Alcino Carrancho

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*