Quando o turismo também perde

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Emil Chartouni Neto

Presidente do SIHORBS

 

Foto: Informe Blumenau
Foto: Informe Blumenau

Na sessão do dia 21 de junho, na Câmara Municipal de Blumenau, os vereadores acataram o veto do prefeito Napoleão Bernardes ao Projeto de Lei Complementar nº 1.404/2014, de autoria do vereador Mário Hildebrandt, que determinava que o serviço público de abastecimento de água poderia autorizar, em edificações, o uso de fonte alternativa, desde que a água dela proveniente se apresentasse conforme os padrões de potabilidade exigidos. Nessas fontes alternativas se enquadram os poços artesianos, que muitos hotéis da cidade possuem, porém no momento permanecem desativados em função de o município não ter nenhuma lei que determine a utilização desses meios.

Se aprovado, o projeto em questão traria muitos benefícios, não apenas para os hotéis, mas sim para o turismo municipal, que está cada vez mais valorizado. Diante dessa animadora realidade, o setor hoteleiro também recebe grande movimentação, algo para se comemorar, obviamente. Mas, por outro lado, precisamos ser realistas: grande ocupação, maior o gasto e é aí que entra a questão dos poços artesianos.

Em um grande hotel, por exemplo, enquanto o custo mensal com a utilização do poço artesiano gira em torno de R$ 2 mil na conta de água, sem ele, o valor sobe consideravelmente para R$ 15 mil, além das taxas de esgoto e lixo, que são cobradas separadamente. Essa grande diferença poderia ser investida em novos serviços para os turistas, ajudando a movimentar ainda mais o turismo local e, desta forma, evitar que o custo com a conta de água seja repassado aos hóspedes através dos tarifários. Diárias mais caras espantam os visitantes que, por sua vez, vão buscar alternativas em cidades vizinhas.

Representando a categoria, o Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Blumenau e Região (SIHORBS) repudia a decisão das autoridades em vetar o projeto do vereador Mário Hildebrandt. Atitudes como essa ferem o trabalho de todas as pessoas envolvidas no setor, que lutam diariamente para oferecer serviços de qualidade aos turistas e que também ajudam a movimentar a economia municipal. Somos aliados, não concorrentes.

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