A “peça fé” no tabuleiro!

Fernando Krieger

colaborador voluntário, editor do The Ironic Herald

Com o crescimento de evangélicos no país nos últimos anos, os olhos de todos os candidatos passaram a se voltar para esse grupo, que cada vez mais tem influências em nossa política.Temos o caso do prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, que com a força da Igreja Universal do Reino de Deus, hoje comanda uma das maiores cidades do país.

A Igreja está nas periferias, onde a esquerda dos últimos governantes perdeu o vínculo. Se antes as promessas a serem ouvidas vinham de um palanque entre comícios e greves, agora vem do culto da quinta-feira da vitória.

No último final de semana a “peça fé” foi colocada no tabuleiro.

O pré-candidato Jair Bolsonaro (PSL) esteve em um congresso pentecostal em Camboriú, foi recebido como o próprio próximo presidente do Brasil, com honras e até uma certa “adoração”.

Bolsonaro que é católico, sempre deixou claro sua empatia pelo movimento evangélico, do qual a sua esposa faz parte, o presidenciável foi até batizado pelo Pastor Everaldo no Rio Jordão em uma viagem por Israel.

Só resta lembrar que o tal “mito” se aproxima muito mais de um soldado romano do que propriamente um imitador do Cristo.

Uma mistura perigosa entre metafísica, política e patriotismo exagerado.

Outro que usou da “peça fé” foi o senador Álvaro Dias (Podemos), outro presidenciável.

Em suas redes sociais o senador escreveu que “além de conhecer” vários problemas do País como a situação econômica e social, ser competente e honesto, é necessário ser “um homem de Deus”.  Ao fundo uma imagem sua em um culto evangélico.

Um que vem falando a tempo que o debate eleitoral desse ano vai caminhar pela moral, costumes, família é o Flávio Rocha (PRB), também presidenciável.

O empresário acredita que a pauta deste pleito vai ser construída nesse campo de ideias.

Até o Ciro encontrou a metafísica. Em entrevista para o novo programa do Datena na Band, o pré-candidato pelo PDT disse que em conversa com um vidente descobriu por meio de uma previsão que os candidatos do segundo turno nasceram em Pindamonhangaba, Ciro e Alckmin nasceram na cidade.

Se bem que a benção que o Ciro quer não vem do céu, mas sim de um velhinho barbudo que está em Curitiba, aquele que em uma missa se autodeclarou uma ideia e não mais um homem.

Se vai ser ou não, só em Outubro para descobrir.

Além é claro, de vários outros pré-candidatos que se aproximam do sagrado para obter aquela confiança e os votos de quem compartilha dela.

Precisamos tomar um certo cuidado com homens que se proclamam “homens de Deus” e até mesmo com aqueles que são apontados como “homens de Deus”. É claro, com todo respeito à fé de cada um.

E só para lembrar a todos que o milagre que precisamos é o milagre econômico.

Se bem que com a bomba fiscal que o próximo presidente vai ter nas mãos é só rezando.

Ironicamente, Fernando Krieger

5 Comentário

  1. Pelo menos Bolsonaro e Alvaro não são citados e processados na Lava-jato como Alckmin, Aécio e tantos outros que já estão presos.
    Se a oração move montanhas então pode mover nosso país ao crescimento econômico igualmente.

  2. Políticos que usam o Santo nome de Deus em vão , não merecem nosso respeito .

    Não se usa o nome de Deus em vão , ponto final .

  3. Grandes homens de Deus nas Escrituras foram políticos e estadistas como Daniel, Hananias, Misael, Azarias, Isaías, Esdras, Neemias.
    Salomão foi o maior rei do mundo e clamou por sabedoria e inteligência a Deus e foi atendido!

  4. Depende o ponto de vista de cada um , grandes homens possuem caráter .

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