Os candidatos e os recursos financeiros da campanha eleitoral

Vale para todos candidatos, em qualquer disputa eleitoral. Quando o assunto é arrecadação de campanha, existem alguns tipos de comportamentos. Vale para recursos declarados e em especial para os “não contabilizados”, conhecidos como Caixa Dois.

Tem candidato que quer saber tudo. Assume o controle das negociações, conversa com os possíveis doadores, define valores e até busca ou recebe o dinheiro, ou quando não, define como ele será buscado. Acompanha com lupa as despesas e receitas e determina o fluxo dos recursos.

Tem candidato que sabe de tudo, mas busca uma certa distância. Abre as conversas, acena que precisa do apoio, indica pessoa(s) de confiança(s) para fazer a interlocução e depois apenas acompanha o fluxo do dinheiro, sabendo o que entrou e o que não entrou. Está por dentro da situação financeira da campanha, mas evita ter digitais.

E tem político que assume a postura de ser apenas “candidato”, focando no trabalho de conversar com eleitor e deixando as ações da campanha, em especial das finanças, a cargo de pessoas de sua confiança. Tem preocupação em contar com uma boa estrutura, mas busca ficar de fora de qualquer tipo de negociação ou conversa deste tipo. Mas tem sua responsabilidade também, afinal político que não gerencia sua candidatura como fará quando eleito?

A lista escandalosa do ministro Édson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo, aponta que um grande esquema de corrupção funcionava para molhar a mão de políticos e financiar campanhas eleitorais com o dinheiro público desviado.

Será que aqui em Blumenau realmente aconteceu? As campanha de Ana Paula Lima (PT), Jean Kuhlmann (PSD) e Napoleão Bernardes receberam em 2012 dinheiro da Odebrecht Ambiental não declarado?

Ou o executivo da empreiteira que fez a delação, Paulo Welzel, está inventando tudo com interesses que ainda não é possível compreender?

Como os políticos de Blumenau citados (além dos candidatos, senador Dalirio Beber (PSDB), deputado federal Décio Lima (PT) e Cássio Quadros (PSD), na época chefe de gabinete da Prefeitura) se enquadrariam nas características elencadas acima?

A Justiça, a partir de mais investigações e ouvindo novas pessoas, decidirá se houve ou não Caixa Dois na campanha eleitoral de Blumenau em 2012.

Enquanto isso vamos conjecturando por aqui.

3 Comentário

  1. Depois da campanha, quando tiveram a primeira conversa com o novo prefeito, será que os patrocinadores não lembraram o patrocinado, ou 10 anos a mais e o aumento da tarida no lombo do povo vieram por simpatia?

  2. SOU DO TEMPO ANTIGO, ONDE HA FUMAÇA, HA FOGO,não ganhei nada, sera por este motivo que não fui LISTADO…

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*