O terreno da nova sede da Câmara e a engenharia política por trás

Foto: Alexandre Gonçalves / Informe Blumenau

Os terrenos oferecidos pela Prefeitura para a construção de uma sede própria para a Câmara Municipal ficam próximos a rodoviária. Um deles, o principal, é onde funcionaria o antigo restaurante popular, que começou a ser construído, mas não avançou (foto). Na época o prefeito era João Paulo Kleinübing (PSD) e o secretário de assistência Social, responsável pela obra, era Mário Hildebrandt (PSB), hoje no comando do Legislativo.  Uma das áreas tem 3.700 metros quadrados e outra, que seria para estacionamento, 1.700 metros quadrados.

Foto: Alexandre Gonçalves / Informe Blumenau
Foto: Alexandre Gonçalves / Informe Blumenau

No começo da tarde desta quinta-feira, 3, conversei pessoalmente com o presidente  Mário Hildebrandt (PSB), sobre a nova postura em relação a proposta de sede própria do Legislativo, dada em primeira mão aqui no Informe Blumenau. E entendi a engenharia construída, em parceria com o prefeito Napoleão Bernardes (PSDB), avalizada pelos 11 vereadores da bancada de situação.

A intenção original de usar os recursos que sobram do repasse obrigatório do Executivo para a Câmara causaria uma dificuldade extra para a Prefeitura, acostumada a contar com a devolução a cada final de ano. Afinal, são mais de R$ 2 milhões. Qual foi o acerto (no bom sentido) ?  Foram oferecidos terrenos públicos municipais, entre eles esses próximos da rodoviária, para que o Legislativo construísse uma sede e não mais comprasse um prédio já usado.

Em contrapartida, a Mesa Diretora devolveria os recursos em três frentes: R$ 2,1 milhão foi destinado para pavimentar 16 ruas do Programa Pavimenta Ação , antigo Mutirão.  Outra parte, cerca de R$ 500 mil, vai para entidades sociais e de saúde da cidade, com o carimbo do conjunto da Câmara e parte em subvenções individuais. E outros R$ 500 mil para um Fundo destinado a construir a nova sede. Estes valores são estimados e aproximados, ainda extra-oficiais. Mas esta é a lógica.

Sem muito entender e conhecer,  considero que foi uma decisão sábia e mostra um recuo da proposta original da Mesa Diretora, em especial do presidente Hildebrandt.  Foi o melhor que poderia fazer, do ponto de vista do momento econômico do país e os reflexos em Blumenau. Assim não se mete em negócios apressados, que gerariam muitos questionamentos, como já estavam acontecendo.

Este é um tema que merece debate e cautela, afinal são recursos públicos.

2 Comentário

  1. Assunto que demanda cautela sim, pois são recursos advindos do suor dos trabalhadores através de impostos . Toda e qualquer ação sobre estes recursos deveria ser muito bem planejada. A Câmara estava muito bem alojada no prédio da Prefeitura , não havia necessidade de sair de lá, bastava uma reforma .Saíram alegando que o espaço era pequeno, obviamente que era pequeno, pois precisavam de espaço para acomodar todos os cargos comissionados e estagiários. Nem o prédio atual comporta tanta gente sem fazer nada , se alugarem a Vila Germânica com certeza irão arrumar mais cargos comissionados e estagiários .

  2. Concordo com o Rubens, além disso o ex presidente Vanderlei fez um concurso absurdo pra chamar mais 120 servidores… Pra que tanta gente? Tem que trabalhar em dois turnos e falta espaço. Pra que mais funcionários… O PT dobrou o gasto da câmara.

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