O céu e o inferno de Napoleão Bernardes

Foto: Alexandre Gonçalves/ Informe Blumenau

Napoleão Bernardes (PSDB) vivia  seu melhor momento político até semana passada.  Apesar de jovem, contabiliza 20 anos de atividade política.

Reeleito prefeito de Blumenau com boa vantagem, em um contexto desfavorável, demorou para engrenar no segundo mandato. Mas agora parecia deslanchar, com um conjunto de ações e obras bastante promissor.

Esteve com o presidente Michel Temer (PMDB) para receber o título para Blumenau de Capital Nacional da Cerveja e deu palestra em Tocantins por conta da imagem de bom gestor que deixou no seu primeiro mandato.

Na política, circulava ao lado de Geraldo Alckimin e João Dória (ambos do PSDB) e é lembrado para vôos mais altos em 2018, quando há eleição para governador, vice, senador, deputado federal e estadual, sem falar é claro para presidente. Tucanos mais otimistas o davam como o futuro governador de Santa Catarina.

Mas com a revelação de que seu nome estava na lista do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF, Napoleão Bernardes foi arrastado para dentro do furacão do maior escândalo de corrupção do país.

A fase é de investigação e é possível que a denúncia não seja comprovada. Mas é grave e ficará marcada na biografia do jovem e promissor político.

Napoleão Bernardes será investigado por corrupção ativa, passiva e lavagem de dinheiro. A delação do executivo da Odebrecht, Paulo Welsel, diz que a empreiteira doou R$ 500 mil para a campanha tucana em 2012 (e outro tanto para os dois adversários, Ana Paula Lima (PT) e Jean Kuhlmann (PSD)), em troca de apoio do eleito na negociação do aditivo, encaminhada no final do governo João Paulo Kleinübing (PSD) e ajustada no começo da administração de Napoleão.

O carimbo ficará na testa, por um tempo pelo menos, mesmo com as explicações e até a absolvição no futuro.

João Paulo Kleinübing tem a marca da Operação Tapete Negro no currículo, mesmo sem condenação e mesmo com absolvição em algumas sentenças. Marca essa que os adversários políticos, inclusive os tucanos, usam para referenciar JPK e o PSD, quando querem falar mal.

Assim como Kleinübing, Napoleão tem blindagem para resistir ao tiroteio e sair fortalecido mais a frente.

Mas foi um revés e tanto.

Para quem vislumbrava o projeto voando com um céu de brigadeiro no horizonte, foi preciso fazer um pouso forçado e avaliar os estragos.

Foto: Alexandre Gonçalves/ Informe Blumenau

 

6 Comentário

  1. Na política não há amigos!

    Somente conspiradores que se unem!

    Assim registrou Victor Lasky.

    Que tudo se apure e rapidamente.

    Se não se apurar rapidamente, adeus viola, Napoleão Bernardes!

    Cuidado com as más companhias, Napoleão Bernardes!

    Eu te avisei!

    Alcino Carrancho,

    O Sábio

  2. KKKKKKKKKKKKKKKKKKK…………………………”palestra em Tocantins por conta da imagem de bom gestor”………KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK, so quem não conhece é pode acreditar!

  3. A sorte dos politicos brasileiros chama-se memória curta do eleitor , esta é a blindagem da maioria .

  4. Como o JPK sempre fala, Napoleão é meu maior cabo eleitoral…Nem mais nem menos.

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