Nossa educação violentada

Foto: reprodução Facebook

A agressão contra uma professora em Indaial, por parte de um aluno de 15 anos, chocou.

Como choca a opinião de todos, que cuidamos da vida dos outros pela internet. O menino ( sim, um menino) de 15 anos é um bandido, beneficiado pelas nossas leis molengas. A professora é apresentada como incentivadora a violência, por conta de suas postagens nas redes sociais, em especial na área política.

Ouvi e li mensagens nesta linha, dos dois lados.

E vejo que não aprendemos. Repetimos a violência vista na sala de aula em Indaial.

E a nossa educação escorre pelos dedos. Não conseguimos segurá-la, é volátil como este mundo virtual. Estamos interconectados e estamos sós.

Gostamos de falar dos outros nas redes sociais, sem olhar nossos umbigos.

Ao fazer juízo de valor com o fígado, não vamos avançar enquanto a sociedade.

Educação é família, educação é escola. É o dia a dia, o exemplo, as boas práticas.

A educação foi violentada nesta sala de aula em Indaial.

Mas a responsabilidade é da sociedade, de nós que vivemos dela e a fazemos girar. Temos neste triste episódio, uma professora e um adolescente, com suas qualidades e dificuldades, no contexto de uma escola pública que não consegue dar conta dos problemas sociais. E nem é essa sua missão.

Foi sim um caso grave. Não é passar a mão na cabeça, mas não podemos nos eximir da nossa responsabilidade.

Quando a violência chega à sala de aula, perdemos como cidadãos e cidadãs.

Foto: reprodução Facebook

Confira um resumo do caso, que extraímos do Diário Catarinense.

A professora de Língua Portuguesa Marcia de Lourdes Friggi, 51 anos, atua há 12 anos no magistério. Docente da rede estadual de ensino de Santa Catarina e contratada em caráter temporário (ACT) no município de Indaial, no Vale do Itajaí, para trabalhar numa unidade de Ensino de Jovens e Adultos (EJA), ela foi agredida com tapas e socos por um aluno, quando levou o adolescente de 15 anos à direção.

2 Comentário

  1. MInha época de aluno, o aluno era expulso do colégio ! Dificilmente entraria em outro.

  2. Fostes politicamente correto ao chamar as leis de molengas, hein… Para ficarem molengas, as leis brasileiras, principalmente as que dizem respeito à ‘criança e adolescente’, precisam ficar muito rígidas ainda, rs!

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