“Não somos despachante do prefeito” ou “talvez o Diário Oficial tenha mudado posições”

Foto: Jessica de Moraes/CMB

As duas expressões acima foram usadas pelos vereadores na sessão desta terça-feira, 28, por conta da votação em regime de urgência urgentíssima do projeto que reajusta o IPTU de 27 mil imóveis em Blumenau.

A primeira foi usada pelo vereador Ricardo Alba (sem partido), que votou contra a proposta e a segunda pelo vereador Alexandre Matias, (PSDB), que votou a favor.

Revelam muito desta sessão e da forma como a administração municipal lida com o Legislativo.

” O governo encaminhou em regime de urgência um tema complexo, com dois temas complexos e distintos…”, “…queremos debater, mas não em uma unica votação…”, “rolo compressor do governo”, “…algo que deveria ser debatido com antecedência”.

“Não fomos eleitos para ser despachantes do prefeito, não aceito que uma matéria desta entre a toque de caixa, o Govero quer impedir o debate, fala em diminuir a renuncia fiscal mas está aumentando a carga tributária, é uma forma covarde do governo municipal juntar as duas coisas” ( projeto do IPTU e da isenção de ISS para as facções), foram algumas expressões usadas por Alba na tribuna.

Já a fala do Alexandre Matias foi dirigida a Ricardo Alba e é emblemática, mostrando como funcionam as coisas no parlamento. “A casa do povo não poder ser casa da demagogia, dos donos da moralidade, para cima de mim não. Talvez o diário oficial tenha mudado algumas opiniões”, numa referência a exoneração dos cargos que haviam sido indicados pelo colega Ricardo Alba na Prefeitura, depois que o mesmo saiu do PP.

Dos 15 vereadores, apenas quatro não tem cargos de confiança na administração: o próprio Alba, Jovino Cardoso e Professor Gilson (PSD) e Adriano Pereira (PT), que está  sendo substituído neste mês pelo suplente Lenilso Silva.

Dois vereadores da base se insurgiram contra a forma que a Prefeitura fez na sessão: Bruno Cunha (PSB)  e o Ailton de Souza, o Ito (PR).

“Não fui eleito pela estrutura partidária, eu queria votar favorável ao projeto das facções”, afirmou Bruno Cunha, questionando a unificação das duas propostas no mesmo projeto.

Um parlamentar que chamou a atenção, votando com o Governo, é o Professor Gilson (PSD). ” Eu voto de forma coerente, tinha que ter este equilíbrio”, criticando os vereadores que “estavam jogando para a plateia”.

Sobre o projeto, leia aqui.

2 Comentário

  1. A maioria é subserviente do prefeito , mas não tem a coragem de admitir para não perder votos,
    demagogia barata , e o povo sendo sacrificado com aumento de impostos .

    Porque não falam de seus cargos comissionados , quanto isto custa para povo ?

    Moralistas de jardim.

  2. Olha olha, parece que o dono do sorriso de lado e simpatia barata chamado Alexandre Matias está botando as asinhas de fora.

    Triste saber que 95% do eleitorado do mesmo, não sabe e dificilmente saberá como as coisas funcionam.

    Além de votar a favor de um aumento do IPTU, debocha de um vereador que votou contra afirmando que é por causa da perda de cargos comissionados.

    Estamos lascados!

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