Não há rixas entre movimentos IVL e MBL, segundo lideranças

Desde março do ano passado, temos visto de uma forma mais atuante a participação de movimentos, promovendo manifestações e atos simbólicos sobre a política nacional. Nestas últimas semanas isso tem se intensificado, por conta do avanço da Operação Lava-Jato e dos impactos políticos provocados por ela.

13/03/2016. Foto: Fabrício Theophilo / Informe Blumenau
13/03/2016. Foto: Fabrício Theophilo / Informe Blumenau

Este portal, que é assinado pelos sócios Alexandre Gonçalves e eu (Fabrício Theophilo), tem acompanhado, divulgado, repercutido e opinado sobre todo este cenário. O Informe Blumenau se propõem a dar opinião e as nossas percepções sobre cada situação. E não apenas nós, todos que acompanham o trabalho também podem se manifestar, através de comentários nas postagens ou enviando artigos.

Nestas últimas semanas, o Informe Blumenau noticiou que houve um bate boca dentro da Câmara de Vereadores de Blumenau com petistas e integrantes do MBL. Pelas redes sociais, o grupo questionou isso, e disse que ninguém do MBL participou da ação. Ontem (23) falamos sobre duas manifestações na cidade, organizadas pelo IVL e pelo MBL em locais distintos. Dissemos ainda que houve uma “ruptura” na parceria entre eles. O fizemos com informações de membros dos grupos. Já as lideranças nos procuraram, e discordam desse posicionamento. Os convidamos então a fazer uma manifestação por escrito, e é o que você confere abaixo, na integra:


 

Por meio desta, informamos que o Movimento Brasil Livre – Blumenau (MBL) e o Instituto Verdade e Liberdade (IVL), não possuem qualquer rixa entre si, muito pelo contrário, tentam, sempre que possível, desenvolver todas as ações de grande magnitude de maneira sintonizada, a fim de garantir a não segmentação do público.

Neste último dia 23/03 o IVL organizou um evento com início às 18:30h, em frente a prefeitura de Blumenau, cuja ideia era servir “Lula Frita” ao público presente, em apoio ao juiz Sérgio Moro, enquanto o MBL optou por realizar, às pressas, com início às 20:00h, um ato simbólico em frente ao OBS/FURB, mais focado no repúdio aos recentes atos do ministro Teori Zavascki.

Eram atos diferentes, com propostas distintas e a baixa adesão popular já era prevista em ambos, uma vez que se tratava da véspera de um feriado prolongado e outros dois eventos de cunho político estavam acontecendo simultaneamente na cidade, porém, pela relevância dos fatos apresentados e o histórico dos dois movimentos, precisávamos protestar.

Por meio desta Carta de Resposta, reforçamos que não existe qualquer divergência entre nossas coordenações, longe disso, tentamos sempre que possível atuar de modo sincronizado em nossas ações, acreditando sempre que nossa função é coadjuvante frente ao protagonismo demonstrado pelo povo brasileiro em todo o país. Qualquer divergência eventualmente ocorrida, não se estendeu (e nem irá) às lideranças ou à união existente entre os movimentos, muito bem demonstrada na manifestação do dia 13/03 e em eventos menores, posteriores a ela.

Nestes termos, nossos cordiais cumprimentos a vosso veículo midiático.

Thiago Gabriel Schulze – Coordenador Regional do Movimento Brasil Livre
Cyntia Andrioli Muller – Coordenadora do Instituto Verdade e Liberdade


Informação publicada, questionada, e com espaço aberto para a opinião dos envolvidos. Ontem a noite conversei com uma das pessoas que assinam a carta acima. Foi ele quem voluntariamente nos procurou hoje para buscar este esclarecimento, e a quem abri este espaço.

Vale o registro: em 2014 existia apenas o MBL, o IVL veio depois, como uma dissidência de alguns integrantes que criaram na cidade o segundo movimento.

manifestacoes 23 03 16É importante que se diga, este portal não defende bandeiras partidárias, não busca nenhuma ruptura ou redução dos movimentos. Pelo contrário: estivemos em todas as últimas manifestações, usando nossas redes sociais antes, durante e após para falar do engajamento das pessoas. Mantemos nossa opinião: os movimentos ainda que distintos, se atuarem juntos, teriam muito mais força. Isso vale para os atos de quinta e sexta-feira passada, e para os dessa quarta-feira. Entendemos que o público, quem não tem nada a ver a organização dos movimentos, mas apoia as mesmas causas, teria mais facilidade em participar, aumentando o engajamento, ainda que os atos sejam muitas vezes simbólicos e a quantidade de pessoas não seja necessariamente relevante. O Informe Blumenau apoia as demonstrações democráticas de opinião pública, pacifistas e exemplares, como todas que foram realizadas até agora em Blumenau.

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