Jornal do Almoço diminui espaço para notícias locais

A sexta-feira foi de demissões em várias emissoras do grupo NC em Santa Catarina, que comprou a operação da RBS no estado no começo de 2016.

O Grupo NC é de um milionário – Carlos Sanchez -,  que fez fortuna produzindo medicamentos genéricos. Não é do ramo da comunicação e olha ela pelos números. Como o segmento da comunicação está em crise, opta-se pelo corte de funcionários e a redução da estrutura.

E volta passos atrás.

Quando tive o privilégio de começar a RICTV Record em Blumenau (então Rede SC/SBT), isso em 2005, o Jornal do Almoço tinha cerca de 17 minutos de programação local, de um total de 45. A concorrência fez a emissora mudar de postura editorial e ampliar o tempo da programação local, com a apresentação sendo feita pelas praças, mesmo com uma ou outra reportagem de fora.

Mas, a partir de 22 de março, o telejornal que está há 37 nos no ar, volta a ser feito por Florianópolis, com blocos de notícias de cada praças, como era antes.  Ainda não disseram quanto tempo reservarão para cada inserção, mas é o fato é que novamente a cidade voltará a assistir os âncoras estaduais, no caso Mário Motta e Laine Valgas.

Obviamente, no comunicado repassado para o mercado, não se fala em questões “econômicas”. Fala-se em buscar renovação.

Aos sábados, o JA também muda, “terá uma edição especial, com reportagens especiais e um novo mix de conteúdo que vai atender todos os telespectadores”.

Ainda não sei o total de demissões aqui, como também não sei como ficará a situação de Joelson dos Santos e Walther Ostermann.

Fico triste com os rumos que o jornalismo toma.

Defendo muito a importância de se produzir conteúdo hiper local, afinal é na aldeia que vivemos, nos relacionamos e queremos saber o que acontece.

Quando um grupo poderoso como já foi a RBS cambaleia, se restrutura demitindo trabalhadores e diminuindo a cobertura regional,  o que sobra para os outros?

 

8 Comentário

  1. Se isso for verdade é uma lastima.o noticiário local bem feito é o q ainda segurava o telespectador.acabando isso,busco a internet pra obter notícias.o jornal escrito já esta por um fio,agora o televisivo nesse ponto.uma pena.

  2. Investir num bom departamento comercial, treinamento, marketing, análise de mercado e perfil de consumidor, é tão difícil hein? Bons e inteligentes investimentos mantem uma emissora bastante produtiva.
    Só querem milagres, sem investir em profissionais.
    Infelizmente. E isso serve para todas.

  3. Tinha por rotina assistir ao programa Mistura com Camile Reis aos sábados. No entanto foi com surpresa que assistimos Camile comunicar que hoje seria seu último programa.
    Lamentamos porque o programa realmente tinha um padrão 5 estrelas, tipo Globo do Rio. Certamente não seguiremos mais este horário no canal justamente por causa da falta de reconhecimento desta nova administração que apenas quer mostrar trabalho com mudanças sem necessidade.
    Quanto à Blumenau, da mesma forma. Uma equipe maravilhosa com conteúdo não reconhecida. Também agiremos da mesma forma.
    Meus pêsames a RBS em todos os sentidos.
    Este novo grupo entende mesmo é de genérico porque de comunicação certamente vai precisar de remédio da melhor qualidade eque não seja genérico deste grupo.

  4. nada mudou nesse meio de comunicação. As pessoas se esqueceram quando a RBS comprou o Santa? Mandou um monte de funcionários para a rua, pois o mesmo repórter que escrevia no Diário também tinha que fazer para o Santa e vice-versa (hoje também tem o A Notícia de Joinville).É somente no lucro que os empresários pensam.

  5. Espero que o Ostermann retorne ao JSC.
    Excelente profissional.

  6. quantas viúvas choronas se preocupando com esse grupo midiático tendencioso e parcial. Pra mim pode fechar que não sentirei falta. há outros meios mais imparciais. Abrirá espaço para as concorrentes aplicarem o verdadeiro jornalismo.

  7. Infelizmente ficarei sem ver o Jornal, pois na concorrência tem o xarope do Alexandre José com o seu bota na tela ou muiiiiiiiito bem. Agora ficar com as notícias dos manézinhos da Ilha não merecemos. Logo teremos mais uma Placa Lá tinha uma emissora de TV.

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