Jean Kuhlmann usa a tribuna para lembrar situação da reserva de José Boiteux e a barragem

Foto: Eduardo Guedes de Oliveira, Agência AL
O deputado estadual Jean Kuhlmann (PSD) tem um grande mérito nesta longa novela que envolve os índios da reserva de José Boiteux e os impactos na barragem que mais impacta para Blumenau em caso de chuva intensa. É um dos poucos – se não o único – parlamentar que preocupa-se com o assunto. Em 2017 ele foi pessoalmente conversar com os índios que ocupavam a barragem e negociou a liberação do local para que os técnicos da Defesa Civil entrar no local.
Nesta quinta-feira, na sessão da Assembleia Legislativa, usou a tribuna para lembrar que um ano se passou, mas quase nada foi feito para resolver o impasse que se arrasta há pelo menos 20 anos. ara ele, o fato do governo federal prometer e não cumprir a recuperação da estrutura e o cumprimento do acordo com a comunidade indígena causa revolta.

“O governo federal abandonou o Vale do Itajaí. Estivemos há um ano em Brasília com o então ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Imbassahy, que prometeu celeridade para resolver o impasse. Os técnicos chegaram a visitar barragem e conversar com a comunidade. Mas na prática, nada foi feito. Peço apoio da comunidade do Vale, da imprensa. Nossos deputados federais e senadores precisam se mexer, é preciso resolver a situação, que é delicada”, criticou.

O deputado voltou ao local na semana passada, e relatou aos deputados como encontrou a barragem um ano após as últimas cheias. “A casa de máquinas está totalmente destruída, em total abandono. Tudo depredado, nada funciona. Para operar as comportas, é preciso de um motor externo, acionado de forma hidráulica. É arcaico e precário”, lamentou.

Jean destacou que a Defesa Civil do Estado avançou mais em suas obrigações, mas precisa vencer a burocracia e terminar as casas que foram prometidas à comunidade indígena – de 35, ainda faltariam sete. Neste caso, ele poderia lembrar que o seu partido não é mais Governo em Santa Catarina há apenas pouco mais de quatro meses – depois de ficar mais de sete anos no poder – e poderia ter resolvido esta questão.

“Não dá para lembrar deste assunto somente quando tem enchente”, finalizou, acrescentando que vidas e o patrimônio de milhares de famílias do Médio Vale e da Foz do Vale do Itajaí podem se perder caso a barragem não possa ser efetivamente operada.

 

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