É rir pra não chorar – Maternidade

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sabrina_100Coluna: MATERNIDADE

por SABRINA HOFFMANN
jornalista e mãe

Se o lado B da maternidade traz algumas lágrimas de dúvidas, ela também traz risos nervosos. Isso porque a Lei de Murphy tá sempre ali do nosso lado para mostrar que nenhuma situação é tão ruim que não possa piorar.

A gente passa por cada coisa que se contar pra quem está planejando ter filhos, pode rolar uma desistência. Tenho certeza de que quem é mãe vai se identificar com algumas das situações. Por exemplo:

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É choro pra ficar e pra vir pra casa: primeiro rolam lágrimas de pais e filhos quando as idas pra escolinha se tornam parte da rotina. Porém, só quem é mãe sabe o quão doído é ver o filho se jogar no colo da professora da creche e, na hora de buscar a criaturinha, ela não querer ir pra casa. Eu confesso: já chorei por isso.

Xixi no play: o desfralde tem lá seu lado bom. A economia na conta da farmácia com a redução de fraldas, lenços e pomadas arranca aquele sorriso sincero quando o orçamento ganha um respiro. Mas, em contrapartida, sempre rola um xixizinho em lugares nada convencionais. No meu caso foi no espaço infantil do Shopping Neumarkt, no meio dos brinquedos. (Ainda bem que foi num dia de pouco movimento e eu tinha na bolsa lenços umedecidos que deram uma amenizada na situação. Seria cômico, se não fosse trágico).

Perdidos no parque: o Ramiro é um espaço incrível, que deveria ser replicado em vários outros pontos da cidade. Até porque, quem vai ao parque nas tardes ensolaradas de domingo sabe que é preciso paciência para conseguir usar algum espaço. É tanta gente, que se perder no play ground fica mais fácil do que se imagina. Quando aconteceu comigo, minha filha tinha menos de dois anos e resolveu que poderia sair correndo e se esconder no meio dos espaços. Desespero define. Quase coloquei todo o povo pra buscar a criança, que reapareceu 20 segundos depois.

Cuidado com o que fala: você está nesse trânsito maravilhoso das 18h, quando um infeliz resolve cortar a sua frente e furar a fila quilométrica. Se eu puder te dar um conselho é: cuida com a língua! Porque qualquer xingamento pode ser repetido à exaustão pela criança que está no banco de trás e acha que “méda” é palavra bem bacana de repetir pra toda pessoa com quem encontrar.

A famosa birra no mercado: se os corredores do Angeloni falassem, iam deixar escapar todas as táticas que já utilizei pra conter os xiliques de uma criança que não faz ideia do quanto custa um kinder ovo. Por cinco reais, minha filha, compro pão pra semana. Desculpa, não vai rolar. E preciso confessar: já saí de fino e fiquei observando de longe o sapateado com a cara mais deslavada do mundo de “quem é a mãe dessa criança?”.

Essas são apenas algumas das coisas que pais e mães enfrentam diariamente. Mas pode ter certeza que, pelo menos todos os que eu conheço, não trocariam esses momentos por nada. Porque a fase da birra e do choro vai passar, mas a alegria e a emoção de dividir cada descoberta com os filhos não tem preço. Mas poxa, filha, xixi no meio do shopping? Podia ter aliviado essa pra mim né? Na próxima, papai te leva. 😉

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