E o golpe prossegue

Aroldo Bernhardt

Professor

 

O tema da corrupção foi escolhido como mantra pela intelligentsia (donos do poder real) que concebeu a tomada do poder em 2016 porque em sã consciência não há quem se posicione contra o combate à corrupção. A
implantação dessa estratégia, quem tem perfeita congruência com os propósitos da empreitada neoliberal, contou com elementos táticos situados em posições chave na mídia, no judiciário, no Mercado e nos três poderes do
Estado.

A fase preliminar correspondeu a inocular na opinião pública a ideia de que os governos populares eram perdulários e corruptos, visando criminalizar os Ex-presidentes Lula e Dilma, bem como as principais lideranças do Partido
dos Trabalhadores.

E parcela significativa da população brasileira acreditou, foi às ruas bradando pelo fim da corrupção, pelo impeachment, enfim apoiando o golpe, acreditando que finalmente o Brasil partiria célere para o seu inevitável destino de “ordem e progresso”.

A partir daí os donos do poder real tinham por certo que a caterva por eles colocada no poder formal atingiria com a maior brevidade os objetivos rigorosamente estabelecidos (Estado mínimo, privatizações, minimização de
direitos trabalhistas e previdenciários etc.).

Subestimaram, porém, a fragilidade ética, moral e de caráter dos seus “delegados” (Temer e comparsas). Graves denúncias de corrupção por parte de delatores e da Procuradoria Geral da República tornaram quase impossível
a missão de ocultação e proteção ao bando temeroso e com isso todo o esquema foi posto em risco.

A falta de pudor e respeito mínimo ao erário e à opinião publica passaram a significar séria ameaça de defenestração de Temer e parceiros antes de completadas as tarefas a eles designadas. Foi necessário todo um esforço adicional para a “operação salva-Temer” e com isso a farsa ficou ainda mais visível.

Contudo, os verdadeiros donos do poder e a mídia comprometida não perdem facilmente o rumo e vão continuar a perseguir obstinadamente os seus objetivos. De um lado vão fazer brotar novas operações no estilo Lava-jato,
com o propósito único de lançar uma “cortina de fumaça” para tirar a atenção sobre os delitos e peripécias do governo ilegítimo.

E, se tudo der errado, se houver risco tangível de perderem o poder vão procurar artifícios para que não haja eleição. Mas se 2018 for inevitável, sempre haverá o recurso de apelar para a implantação do sistema parlamentarista. O mesmo estratagema que tentaram em 1961 e 1993 e foi derrotado, nas duas ocasiões, pela manifesta vontade do povo.

4 Comentário

  1. Tanto o atual governo , como os dois anteriores são corruptos.

    O atual só existe em virtude de ter sido vice do Governo Dilma , onde até deu impedimento,
    rasgavam elogios entre si .

    Como a cria foi mais experta que o criador , deu-se o impedimento , mas são todos farinha do mesmo saco .

    O Pessoal do PT alega golpe , mas quem tomou o golpe realmente foi o povo brasileiro , e este golpe dura a mais de 14 anos .

  2. É fácil:

    Não se vote em 2018 em vivalma dos três ou quatro – ou cinco – partidos (ou integrantes de quadrilhas) principais.

    Depurar-se-á, assim, a caterva e se dará razão ao Tiririca.

    E o molusco que continue a ter a morte que eu, Alcino Carrancho, lhe desejei: lenta e bastante sofrida.

    Simples, assim, e falou (escreveu) o Alcino Carrancho, o sábio, que não tem o rabo preso com políticos e que não fica defendendo bandido por questões incompreensíveis, tentadas a título de idealismo.

    Ora, ora, ora…

    Alcino Carrancho

    (O Sábio)

  3. Que bruto Cipó!!! O povo de Chapecó é calmo e tranquilo

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