A disposição das peças do tabuleiro eleitoral de 2018 em Santa Catarina

Temos noticiado e acompanhado.

As movimentações partidárias estão a mil em Santa Catarina, de olho em 2018. São quatro vagas na chapa majoritária, o que facilita as negociações. Governador, vice-governador e duas ao Senado.

Desde 2002,  o PMDB está na chapa majoritária. Duas vezes com Luiz Henrique da Silveira governador e duas com Eduardo Pinho Moreira de vice de Raimundo Colombo.

Desde 2006, o PMDB e o PSD (que era PFL e depois DEM) estão juntos. Fora 2014, tiveram sempre o PSDB como parceiro.

O PP sempre foi o principal adversário neste período, por contas das diferenças históricas com o PMDB.

Em 2018, promete ser diferente. O PP já anunciou disposição em embarcar no projeto do PSD, de Gelson Merisio, candidato ao governo e Colombo ao Senado. Almeja a vaga de vice, para o presidente da Assembleia Legislativa, Silvio Dreveck. De preferência sem o PMDB na chapa.

Junto com o PSD e o PP está o PSB, de Paulinho Bornhausen.

O forte PMDB de outrora, terá que remar contramaré. Não tem mais LHS para conduzir as conversas e suas maiores lideranças estão longe da unanimidade. O deputado federal Mauro Mariani é o nome mais forte para concorrer ao Governo, mas, isolado, talvez não chegue a lugar algum.

O PSDB movimenta-se para tentar emplacar um protagonismo, ele que vem sendo coadjuvante em Santa Catarina ao longos dos tempos.  Anuncia aos quatro ventos candidatura própria, na expectativa de que seja a bola da vez para a disputa presidencial, o que ajudaria a alavancar candidaturas estaduais.

É o fiel da balança. Pode estar junto com o PSD ou com o PMDB. Ou novamente tentar uma disputa solo.

Existe a possibilidade, concreta, dos pilares da Tríplice Aliança idealizada por Luiz Henrique em 2006, estarem separados em 2018.

Um outro partido que merece atenção é o DEM, por conta de uma eventual filiação do deputado federal João Paulo Kleinübing, o que o cacifaria a estar numa majoritária.

Tem ainda a “esquerda”, o PT, PDT e PCdoB, que contam com uma fatia do eleitorado catarinense. Pequena, mas ainda contam.

Falta menos de um ano para a disputa eleitoral de 2018 e tudo está no campo da especulação. E da negociação, em especial nos bastidores.

Mas pelo andar da carruagem, temos tudo para ter uma disputa emocionante para o Governo no ano que vem.

Tomara que com alternativas boas para os eleitores.