A coragem do vereador Bruno Cunha

Blumenau é uma cidade conservadora, apesar de alguns avanços recentes. Tem muita gente moralista, que gosta de apontar o dedo para o outro. O preconceito evidencia-se muitas vezes.

Assim também é entre nossos políticos, em especial na Câmara Municipal, ao longo do tempo.

Na sessão desta quinta-feira, 29, tivemos um momento histórico. O vereador Bruno Cunha (PSB) usou a tribuna e, via TV Legislativo, fez um discurso pelo dia de reflexão mundial dos direitos LGTBI, celebrado na véspera.

“Estou aqui representando todas as pessoas que entendem o amor de forma inclusiva e não excludente e que consideram justa todas as formas, jeitos e maneiras de amar. Estou aqui pra dizer que a intolerância, o preconceito, a indiferença e a violência, atingem, denigrem, machucam, matam. Estou aqui pra dizer que não cabe ao estado permitir ou impedir a relação amorosa de pessoas do mesmo sexo, não é apenas inconstitucional, é inconcebível e desumano”, foram algumas partes de sua fala.

Ele emendou, certeiro. “Estou aqui pra dizer meus colegas, que essa casa errou na legislatura passada quando impossibilitou a discussão de gênero nas escolas, pois esse não é um tema da política, mas da ciência, pois sei, não em teoria, mas na prática, o quanto essa omissão é nociva, perigosa”.

Criticou alguns coletivos e grupos LGTBI com partidos políticos.

Finalizou com uma música de Lulu Santos em uma de suas músicas ” Vamos a luta e conhecemos a dor, consideramos justa toda forma de amor”.

De uma forma sutil, Bruno Cunha assume-se como homossexual na Tribuna do Parlamento de Blumenau. Não lembro de fato igual. É um marco na conservadora política de Blumenau.

Foto: Imprensa Câmara

Em breve, posto o vídeo com pronunciamento dele na sessão desta quinta-feira.

10 Comentário

  1. Preconceito é não aceitar as opiniões das pessoas .

    As pessoas que apoiam o LGTBI querem impor suas opiniões sem respeitar quem não tem a mesma opinião .

    Posso conviver com qualquer gênero , com respeito , mas também exijo respeito ,
    não queiram impor suas vontades na marra , isto sim é preconceito .

    Meu filho não vai discutir sobre gêneros na escola, não tem idade para este tipo de assunto e ninguém vai fazer isto acontecer , ele tem pai e mãe , nós vamos esclarecer este assunto a ele quando for o momento correto . Escolas servem para
    promover ensinamentos, educação aprende-se em casa .

    Respeitem para serem respeitados .

  2. Interessante que pensar diferente virou sinônimo de conservadorismo/preconceituoso.
    É a ditadura da minoria.

    Muita incoerência do Vereador ao dizer que “não cabe ao estado permitir ou impedir a relação amorosa de pessoas do mesmo sexo, não é apenas inconstitucional, é inconcebível e desumano” para em seguida dizer “Estou aqui pra dizer meus colegas, que essa casa errou na legislatura passada quando impossibilitou a discussão de gênero nas escolas, pois esse não é um tema da política, mas da ciência, pois sei, não em teoria, mas na prática, o quanto essa omissão é nociva, perigosa”.stou aqui pra dizer meus colegas, que essa casa errou na legislatura passada quando impossibilitou a discussão de gênero nas escolas, pois esse não é um tema da política, mas da ciência, pois sei, não em teoria, mas na prática, o quanto essa omissão é nociva, perigosa”. Ora, o Estado não deve se meter em um assunto mas pode se meter em outro? Devemos deixar para o Estado, à partir das escolas, tratar de assunto tão importante, principalmente porque envolve nossos filhos e filhas? Vá ter seus filhos senhor vereador, antes de falar tamanha bobagem.

  3. Como, assim, “coragem”?

    Alcino Carrancho

    (Nem Tolerante, Nem Intolerante)

  4. Não tem nada para falar na câmara de vereadores, aí vem com balelas sobre preconceito.

  5. coragem???????????????????
    Teria tido coragem se tivesse assumido como homossexual antes da eleição, no entanto se apresentou simplesmente como defensor da causa animal.
    Bem dito anteriormente “Escolas servem para promover ensinamentos, educação aprende-se em casa”.

  6. Uma piada esses comentários. As pessoas não aceitam que se fale em tolerância e igualdade, preferem perpetuar os dogmas que aprenderam com os avós. Transformam os filhos em vítimas da mesma ignorância com que foram criados. A discussão de gênero nas escolas promove um futuro mais justo e sem violência. Não é à toa que ainda temos índices altos de estupro. De objetificação da mulher. De desrespeito aos homossexuais. É porque gente como vocês continua patrocinando o preconceito perpetuado em casa. Sim, a escola serve para ensinamentos. E também se ensina sobre respeito, igualdade, direitos humanos.

  7. O “José” ali em cima mostra um exemplo perfeito disso. Ele escreveu: “interessante como pensar diferente virou sinônimo de conservadorismo/preconceito”. Papo furado. O problema nunca foi pensar diferente, foi desrespeitar quem é diferente de você. E é justamente aí o papel fundamental das escolas, pois os índices de intolerância e desrespeito com as mulheres e homossexuais mostram que a maioria das famílias brasileiras não educam seus filhos adequadamente pra isso. Apenas perpetuam os erros das gerações passadas.

  8. Rodrigo,

    Seu pensamento mostra bem o que querem com discussão de gêneros nas escolas .
    Nossos filhos, veja bem, nossos filhos não são educados para serem pessoas preconceituosas como os grupos da minoria . Não ser preconceituosos não significa aceitar tudo que algumas pessoas desejam . Agora só falta querer que levemos nossos filhos na parada gay de São Paulo para que eles possam entender o que é gênero . Temos o direito de pensar diferente sim, e seu comentário misturou violência contra as mulheres , fato que não tem nada a ver com discussão de gênero,pois nossos filhos são educados de forma a respeitar a todos , independente do gênero , independente de opção sexual, mas são educados para terem opinião própria , não serão educados para ter que “engolir” a opinião dos outros.
    Não fomos criados na ignorância de nossos avós como você menciona e mostra “no seu preconceito ” . Respeite para ser respeitado .

  9. Rodrigo Mainardes. Eduque seus filhos como você bem entender, se quiser que o Estado faça isso, fique à vontade. Quanto aos meus filhos, o máximo que eu puder mantê-los longe de pessoas como você, pode ter certeza que o farei.

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