Casal Amin, os representantes de Blumenau em Brasília

Foto: divulgação ACIB

Sem representantes eleitos de Blumenau para o Congresso Nacional, as lideranças da cidade se socorrem de quem pode ajudar.

Nesta sexta-feira, 08, representantes das entidades empresariais tiveram uma reunião com senador Esperidião Amin e a deputada federal Ângela Amin (ambos do PP) aqui na cidade.

O presidente da Associação Empresarial de Blumenau, Avelino Lombardi, destacou três pontos prioritários no que diz respeito às necessidades de investimentos federais em Blumenau: saúde, necessidade de parceria para que a UFSC ocupe o campus da Furb e infraestrutura viária, sobretudo no que diz respeito à BR 470.

Estiveram presentes no encontro diversas lideranças empresariais e representantes de sindicatos patronais, entre eles o vice-presidente da Fiesc para o Vale do Itajaí, Ulrich Kuhn, o presidente do Sintex, José Altino Comper, e o diretor do sindicato, Renato Valim.

O senador comentou sobre visitas recentes aos hospitais da cidade e enfatizou: “Temos uma relação emocional muito forte com a cidade. Nós queremos ajudar Blumenau”.

Amin se disse contrário à votação da Reforma Politica neste ano para que não haja o risco de revogação da cláusula de barreira. Sobre a BR 470, afirmou que o tema é prioridade no Fórum Parlamentar Catarinense, no que diz respeito à obra já contratada. A ideia é finalizar os quatro trechos já licitados e depois fazer a concessão. Osmar Labes, coordenador da Intersindical Patronal, lembrou que a BR 470 precisa de recursos para a desapropriação. “Enquanto esta situação não for resolvida, ela não poderá passar por um processo de concessão”, assinalou.

Quanto à saúde, afirmou que a cidade tem um crédito de serviços prestados e não ressarcidos pelo Governo Federal, comprovadamente, no valor de R$ 213 milhões. “Em cima desses créditos podemos construir uma série de ações que darão à Santa Catarina um tratamento diferenciado”, apontou.  Na área de economia, citou a vocação da região para a tecnologia da informação e disse que é preciso investir na formação de técnicos nessa área para continuar crescendo.

A deputada federal Ângela Amin considerou um “deboche” a forma como o Governo Federal tem tratado a BR 470. “A não evolução desta obra é inaceitável e esta será minha grande bandeira na Câmara dos Deputados”, garantiu. Com relação à área da saúde, disse que sua grande preocupação é analisar o sistema geral de saúde para entender as necessidades em âmbito regional.

Ao responder ao vice-presidente da Fiesc regional Vale do Itajaí, Ulrich Kuhn, sobre a Reforma da Previdência, Amin disse acreditar que será aprovada e terá efeitos positivos. Também representando a Fiesc, Ronaldo Baumgarten Junior, falou sobre as dificuldades dos institutos federais, que têm um custo por aluno sete vezes maior que os alunos do Senai. “No Senai, temos muita dificuldade em completar nossas turmas. Esses alunos poderiam ser recebidos pelo Sistema S a um custo muito mais baixo”, sugeriu. “Há um equívoco no olhar do governo para o Sistema S, ele não pode ser ameaçado. Nós trabalhamos e pagamos a conta de outros Estados. Gostaria de solicitar a proteção dos senhores com relação a este sistema sério e que vem trabalhando cada vez com mais austeridade”, acrescentou Baumgarten.

O presidente do Sintex, José Altino Comper, pediu um olhar especial para a indústria, não somente a têxtil. “Vamos fazer um ofício elencando nossas principais dificuldades, algumas delas relacionadas à legislação, para entregar aos senhores”, afirmou. Segundo ele, essas dificuldades acabam fazendo com que a indústria tenha que repassar custos maiores para o consumidor, perdendo, assim, competitividade no mercado nacional.

Em nome do hospital Santo Antônio, o presidente do conselho, João Rausch, solicitou a possibilidade de enviar um projeto para melhorias na entidade. “Blumenau merece mais participação em verbas porque atuamos como hospital regional, mas não recebemos dessa forma”, observou. O futuro presidente do conselho, Jorge Censi, que assumirá em abril, entregou um documento relativo ao projeto de um centro de esterilização de materiais.

Também presente na reunião, o presidente do Sescon, Nelson Mohr, fez algumas sugestões ao senador e à deputada: que os acadêmicos de Medicina formados em universidades federais dêem uma contrapartida para a sociedade; que municípios deficitários sejam extintos e incorporados a outros municípios maiores; enxugar custos com funcionalismo público; e o fim do acúmulo de benefícios pelo INSS.

Fonte: da redação, com informações da Prese Comunicação Empresarial, assessoria de imprensa da ACIB.

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