Alexandre Gonçalves
Jornalista
Sem pesquisar muito, só na lembrança recente, fiz alguns apontamentos dos escândalos envolvendo o Governo do presidente Michel Temer (PMDB) e a política nacional somente em 2017. Segue:
O presidente Temer foi pego em gravação durante uma conversa nada republicana no Palácio do Jaburu, no final da noite de domingo, com o dono da JBS. Falaram em manter a relação com o ex-presidente da Câmara preso, Eduardo Cunha, compra de juiz e procurador e outras aberrações.
O assessor mais próximo de Temer, deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB), foi gravado com uma mala de R$ 500 mil, dinheiro que seria para o presidente. Foi detido, mas já está solto.
O senador Aécio Neves (PSDB) foi flagrado pedindo R$ 2 milhões para o empresário da JBS. Seria um “empréstimo”, em dinheiro, segundo a própria assessoria do tucano. Aécio chegou a falar em “matar” o emissãrio que receberia o dinheiro, no caso o primo dele. Não foi preso, nem cassado. Voltou para o Senado.
Os ministros e políticos mais próximos ao presidente Temer são denunciados por diversas falcatruas, com muitas evidências. Dois estão presos, Henrique Alves e Geddel Vieira, dos dois do PMDB.
O presidente Temer deu status de ministro para Moreira Franco, para que ele escapasse de Sergio Moro e tivesse as acusações contra si levadas para o Supremo Tribunal Federal.
O Tribunal Superior Eleitoral entendeu que a chapa Dilma e Temer não cometeu crime de abuso econômico e caixa dois. Dois do ministros que votaram contra a cassação da chapa foram nomeados pelo presidente Temer.
Pela primeira vez, nos últimos 14 anos, o mais votado na indicação pelo Ministério Público Federal não é nomeado Procurador Geral da República. Isso nunca aconteceu na gestão petista, inclusive Rodrigo Janot foi responsável pelas principais denúncias do caso mensalão.
O novo ministro da Justiça, próximo a Temer, não nega a possibilidade de trocar o comando da Polícia Federal.
Bom, como escrevi, foi uma lembrança superficial. Mas que envergonharia qualquer cidadão de bem e levaria os movimentos organizados a ir para as ruas protestar contra tal situação.
Não é o que acontece. O Vem Prá Rua promete manifestação nacional para o dia 27 de agosto. Isso, agosto, de acordo com uma das lideranças do movimento em Blumenau, Thiago Schulze.
Na cidade não há manifestação prevista. Os argumentos são variados, desde a concentração em criar um aplicativo para combater os maus políticos e o frio, sim, o frio que não mobilizaria as pessoas a irem para rua.
Blumenau foi referência nacional nas manifestações contra a presidente Dilma e o Governo do PT. Proporcionalmente aqui aconteceram as maiores manifestações.
Agora, assim como o Brasil, deita em berço esplêndido.
Depois reclamam quando afirmamos que houve uma indignação seletiva. Não se era contra a corrupção, queria tirar o Partido dos Trabalhadores do poder. Conseguiram.
Lembro o pronunciamento do ministro Luis Fux, no julgamento da chapa Dilma e Temer. Disse que o “TSE não é “avestruz” para “enfiar cabeça no chão” e ignorar provas”.
É uma boa imagem para o momento de agora no país e em Blumenau.
Vergonha, chamar este cara de presidente e ver aquela quadrilha no governo, encontros com ministro do stf, esta comprovado que o pmdb é um câncer para o pais, não votei no lula, mas por estas atitudes, ou falta delas, 2018 ele ta eleito.
Alguns dos lideres viraram diretores , secretários, perderam ou nunca tiveram identidade. Apenas se utilizaram as pessoas em protestos para auto promoção, utilizaram como massa de manobra. Enfim Blumenau como sao paulo e rio, outros estados havia pessoas a frente de grupos e na verdade faziam ou vieram a fazer parte de partidos e quando dentro são ” obrigados” a seguirem as regras dos mesmos. Somos todos feitos de idiotas na politica. Não existe posição de direita , centro ou esquerda. Existem acordos por cargos e favores.
E lembrar que só temos o Temer e seus comparsas porque o PT de Lula e Dilma fizeram aliança com o PMDB ….herança maldita .
O objetivo das tais manifestações era apenas para tirar o pt do poder, não importavam os meios, com ou sem provas de crime de responsabilidade. Conseguiram o intento mediante um golpe político-jurídico-midiático. Não importa a estirpe de quem assumir, pois a maioria ou faz parte, porque votou, ou defende essa quadrilha. Desde que sejam meus malvados favoritos esta liberado geral. É a síndrome da indignação seletiva. Bando de fariseus.
As manifestações devem ser diárias, podem ser silenciosas e anônimas. Geralmente são mais eficazes, embora não deem visibilidade. Muitos dos que foram às ruas já fizeram sua ‘self’ de engajados e postaram. Punto y basta!